Dia do Nordestino: polarização política se transforma em ataques xenofóbicos nas redes sociais
Bolsonaristas tentam associar vitória de Lula ao analfabetismo na região, mas ataques vêm de muito antes

O Dia do Nordestino, comemorado neste sábado, 8 de outubro, é marcado pelos ataques xenofóbicos contra do Nordeste, que se intensificaram desde o resultado do primeiro turno das eleições presidenciais.
A organização não-governamental de proteção dos Direitos Humanos, Safernet Brasil, divulgou que recebeu cerca de 14 denúncias de xenofobia por hora, na última segunda-feira (03). Ao todo, foram 348 registros no dia após o primeiro turno das eleições. O número quase supera o total de reclamações registrado nos primeiros seis meses do ano passado (358). No domingo, dia do pleito, foram registradas 10 denúncias.
Os ataques, que ferem a população do Nordeste, podem ser exemplificados pelo vídeo da advogada Flávia Aparecida Rodrigues Moraes, que era vice-presidente da Comissão da Mulher Advogada da OAB de Uberlândia, que gravou um vídeo dizendo que "não vai mais alimentar quem vive de migalhas", se referindo aos nordestinos, enquanto reclamava do desempenho do candidato Lula nas eleições. Após a repercussão negativa, ela foi exonerada da função da OAB e a Defensoria Pública de Minas Gerais ajuizou uma ação por danos morais coletivos no valor de R$ 100 mil.
Para o professor de Ciência Política da UFF, Marcus Ianoni, o fato do candidato petista ter sido amplamente vitorioso no Nordeste levantou questões xenofóbicas contra a região. Lula obteve 67% dos votos válidos nas cidades do Nordeste e ganhou em todos os estados da região conquistando uma vantagem de 10,96% dos votos em relação ao atual Presidente.
"Todas as regiões têm especificidades e o Nordeste não é diferente. Uma delas é o nível de pobreza e miséria em algumas áreas. Há um ataque dos bolsonaristas e do próprio presidente Bolsonaro à expressão democrática do voto nordestino, procurando desqualificar a capacidade da escolha política desses eleitores em função deles serem, supostamente, pobres, miseráveis e ignorantes. Trata-se de uma disputa política acirrada e lamentavelmente levanta um preconceito de xenofobia" comentou.
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