Polícia

Trabalhadores de estúdio móvel de fotografia sofrem com boatos em Maragogi

Profissionais acionaram a Polícia Civil

Por Maurício Silva 04/04/2023 15h03 - Atualizado em 04/04/2023 15h03
Trabalhadores de estúdio móvel de fotografia sofrem com boatos em Maragogi
Trabalhadores ficaram tristes com a situação - Foto: Isac Silva / 7Segundos

Trabalhadores de um estúdio fotográfico (que atua em vários Estados), que estão numa Kombi (estúdio móvel) estão sofrendo esta semana por contas boatos na cidade de Maragogi, no Litoral Norte de Alagoas. Os colaboradores foram até o 92º Distrito Policial (92º DP), nesta terça-feira (4) para que a Polícia Civil investigasse o caso na cidade litorânea. As vítimas das mentiras são da cidade de Jaboatão dos Guararapes-PE.

Na noite desta segunda-feira (3) áudios começaram a circular em grupos de WhatsApp da cidade e espalharam o medo: o boato era que as pessoas que estão na Kombi estavam querendo sequestrar crianças e tirando fotos para extorquir e cometer outros crimes. As informações são falsas e causaram constrangimento e prejuízos.

Elaine Cristina trabalha na Kombi e ficou muito triste com a situação. “Muito mal! Muito horrível você chegar na casa de uma mãe e ela bater a porta na sua cara, lhe tratar mal e a gente só está aqui para alegrar a criança e para divulgar o nosso trabalho e ganhar o nosso pão de cada dia. Todo mundo aqui tem família, todo mundo aqui tem filho e está passando por uma situação terrível porque pode vir alguém e fazer uma maldade comigo ou com meu amigo de trabalho e a nossa família está esperando a gente voltar pra casa e a gente está aqui fazendo o bem e as pessoas não aceitam”, disse.

Trabalhadores tiveram que procurar a Polícia Civil por conta dos boatos. Foto: Isac Silva


Outro trabalhador prejudicado é o Henrique Andrade. Ele também foi procurar a delegacia para esclarecer a situação. “Polícia só para fazer a nossa segurança, a gente tem medo, nós somos pais de família. Tenho três filhos em casa e a esposa. A gente chama a polícia para se proteger, mas nunca para vir nos levar. A polícia já veio para nos proteger e esclarecer toda a situação”, informou.

Como funciona o trabalho?

Elaine Cristina contou como funciona o trabalho. “A gente vai de porta em porta, chama a mãe e pergunta se tem criança e a gente trabalha com crianças de zero a dez anos. A criança vem com a mãe até a Kombi, a gente mostra o nosso trabalho. O nosso trabalho é: a criança participa tirando uma foto, ganha uma bola de brinde pela participação, a foto vem para a mãe e em 30, 40 dias para conhecer o nosso trabalho em moldura. Essa foto é 100% reciclável, não é obrigado que a mãe compre, ela só vai comprar se quiser”, assegurou.

A trabalhadora seguiu comentando sobre o trabalho. “ A gente só pega o nome, telefone e endereço para que a foto venha até a mãe para que ela possa conhecer. A criança tira uma foto com uma fantasia: ou da Marinha ou do Exército. Se for menina, tira uma foto com a fantasia da Alice ou da Branca de Neve e é só isso. A mãe assina autorizando que a criança participe. Não pega nenhum documento. Só o nome completo da mãe ou do acompanhante, o nome completo da criança e a idade. A bola é um brinde para que a criança participe. Só isso”, esclareceu.

Henrique Andrade deu mais esclarecimentos. “Essa bola é tipo meio um atrativo para criança, para que ela aceite que a gente coloque a fantasia, que ela entre no estúdio, faça a foto dela. Essa bola é um convite porque a criança se sente atraída pela bola e a gente vai bota a fantasia, ela não vai chorar e nem ficar incomodada com a fantasia e a gente oferece a bola como brinde pela participação e os pais recebem a foto em 30, 60 dias na sua casa”, garantiu.

Empresa tem mais de 200 mil seguidores no Instagram. Foto: Isac Silva

Com apuração de Isac Silva*