Política

“Eu não quero apoiar ninguém que não seja da família”, diz Cícero sobre apoio a Márcia Cavalcante

Ex-prefeito de São Luís do Quitunde e Matriz de Camaragibe concedeu entrevista à REDE ANTENA 7

24/05/2023 11h11 - Atualizado em 24/05/2023 11h11
“Eu não quero apoiar ninguém que não seja da família”, diz Cícero sobre apoio a Márcia Cavalcante
Cícero Cavalcante - Foto: REDE ANTENA 7

Da redação 7 Segundos

Quem deseja ter o apoio do ex-prefeito de São Luís do Quitunde e de Matriz de Camaragibe para a disputa eleitoral entre esses dois municípios ou em outras cidades de Alagoas, precisa ter o DNA Cavalcante. Isso é o que próprio líder político ressaltou em entrevista à REDE ANTENA 7, nesta quarta-feira (24), no programa ANTENA MANHÃ, ao explicar que a escolha da enfermeira Márcia Cavalcante para concorrer à Prefeitura de São Luís do Quitunde se deu por ela ser prima legítima da atual prefeita da cidade e filha dele, Fernanda Cavalcanti.

Como forma de evitar qualquer tipo de comentário contrário à estratégia utilizada para escolher quem apoiará em determinada eleição, Cícero Cavalcante fez questão de destacar que se decepcionou, em outras ocasiões, ao dar confiança a candidaturas de amigos, sem nenhum tipo de parentesco com ele. O líder político ligado ao MDB disse ter sofrido duas experiências consideradas por ele como negativas, ao dedicar ajuda a alguém sem qualquer ligação com a família Cavalcante. De acordo com Cícero Cavalcante, os dois casos que o deixaram decepcionado ocorreram nas cidades onde ele foi prefeito.

Um dos candidatos que Cícero Cavalcante se decepcionou foi com o ex-prefeito de São Luís do Quitunde, Eraldo Pedro. "Eu me juntei com Eraldo e disse a ele que quando saísse da Prefeitura, ele seria o meu candidato a prefeito. E fiz, na reeleição coloquei Eraldo Pedro como candidato a prefeito e disse que nós iríamos ficar juntos administrando a Prefeitura porque isso não é fácil, é muito difícil. Mas ele não ouviu, depois que ganhou a eleição, juntou ali um grupo e começou a dizer para ele tirar o Cavalcante dali de perto de você, que não dá certo. Aí começou o rompimento e começaram os desmandos administrativos, porque o Eraldo apesar de um coração bom, de ser um homem de bem, ele não tinha conhecimento nenhum administrativamente. E aí muitas pessoas começaram a querer tomar conta da Prefeitura, tirar proveito pessoal, financeiro. Aí Eraldo começou  a atrasar pagamento, muita confusão e surgiram muitas ações na Justiça e até hoje estamos pagando alguns débitos por conta disso. E por conta dessas coisas, o Eraldo Pedro foi cassado e afastado do mandato e quem assumiu foi o Gilson Lima, que nos ajudou na campanha e ficou comigo. Então por isso, eu não tenho mais condições nenhuma de apoiar ninguém a não ser que seja uma pessoa muito ligada a mim. Eraldo vivia na minha casa e ele não gastou um real na campanha dele, foi tudo eu que ajudei com minha filha e o grupo, mas aconteceu esse desastre, porque Eraldo não me ouviu", disse. 

“Eu não quero apoiar ninguém que não seja da família porque já levei duas cacetadas: uma em Matriz de Camaragibe e outra em São Luís do Quitunde. Então, às vezes a gente confia no amigo. Coloca um amigo para assumir um cargo, e depois, quando ele se senta na cadeira, aí todos os compromissos firmados ele esquece. E o pior, que esquece o povo. E eu vivi essa experiência negativa em São Luís do Quitunde e vive essa experiência negativa também em Matriz de Camaragibe. Por conta disso, eu tomei a essa decisão de não colocar ninguém que não seja ligado à nossa família”, disse.