Empreendedor cria marca e fatura mais de R$ 1 milhão em Maragogi
Na infância, Rodrigo Almeida tinha apenas quatro camisas e hoje dispõe de mais de 15 mil itens
Ele tinha apenas quatro camisas e teve períodos até que passou fome, mas atualmente ele possui mais de 15 mil itens na sua loja em Maragogi e no ano de 2023 faturou mais de R$ 1.000.000,00. Essa é a história de sucesso do empreendedor Rodrigo Almeida da Silva, de 31 anos de idade, que criou a própria marca 'Stark' e hoje é referência quando o assunto é moda masculina em Alagoas.
Rodrigo Almeida nasceu no Rio de Janeiro, mas morou a maior parte da vida em Maceió, onde passou por muitas dificuldades financeiras. Em 2015 ele desembarcou na cidade do Litoral Norte de Alagoas, não tinha nada para comer em casa e foi catar marisco com a mãe para conseguir sobreviver. Depois, foi trabalhar numa empresa produtos de limpeza em Maragogi. Mais adiante, abriu a primeira loja com um sócio e logo a sociedade se desfez.
Em junho de 2019 ele abriu na sala da casa a Stark Moda Masculina e foi com isso que a sua vida mudou. O empreendedor contou como foi o início. “Começamos a Stark totalmente com internet e Instagram e a gente conseguiu trazer o público da minha primeira loja para o público da segunda loja e a gente criou a Stark. A gente criou a Stark com alguns itens. Eu me questionando várias vezes: ‘Pô, eu comprei 100 camisas e como é que eu vou vender essas camisas?’. Hoje, graças a Deus, a gente consegue fabricar, depois de quatro anos de trajetória, de 1.000 a 2.000 camisas básicas por mês”, informou.
O empresário contou que a consultoria é um dos diferenciais da empresa. “A gente consegue trazer para o público de Maragogi não só apenas uma loja, não só apenas produtos, mas a gente consegue trazer muita experiência para o cliente, principalmente, o nosso diferencial é consultoria. A gente não vende apenas o produto, a gente traz a experiência do que aquilo ali vai trazer para a vida dele”, ressaltou.
Almeida revelou que criar a própria marca era um dos seus desejos. “Eu sempre quis sair do comum. Eu não gosto de: ‘Vou abrir mais uma loja de moda masculina’. Aqui tinha duas lojas de moda masculina e abrir mais outra? ‘Eu nunca quero ser mais um’. A gente sempre teve a expertise e principalmente a veia empreendedora de criar a nossa marca e assim foi um dos motivos para sair da sociedade que eu tive e sempre quis ter a marca de roupa”, contou.
“Como eu tive poucas oportunidades de ter roupas, eu sempre quis ter a minha marca, eu sempre quis ter a satisfação de alguém usar a minha marca e hoje eu tenho felicidade de passar em muitas esquinas da rua e ver muita gente usando a nossa marca e até a humildade de tipo, o cliente chega na nossa loja e diz: ‘Rodrigo, eu quero uma camisa muito boa básica’. Eu vou mostrar a muito boa e o cliente diz: ‘eu quero a Stark’. Hoje é muito satisfatório fazer isso”, salientou Rodrigo Almeida.
Dificuldades
Rodrigo Almeida contou que já passou por muitas dificuldades antes de engrenar como empresário. "Depois trabalhei como corretor de imóveis em Maceió, já passei muita dificuldade, inclusive que eu tinha quatro camisas para usar, e isso muito antigamente, e meus amigos tiravam onda de mim que tinha poucas camisas, roupas rasgadas, eu não tinha muitas condições e hoje em dia a gente consegue vender para os amigos que tiravam onda", relatou ele dizendo ainda que já chegou a passar fome.
Fabricação começou na pandemia
O empresário comunicou que a fabricação própria começou durante o período da pandemia do novo coronavírus. “Na pandemia, a gente criou a nossa própria marca. A gente começou fabricando 200 camisas básicas e eu falei: ‘Como vou vender 200 camisas básicas na pandemia?’. Foram totalmente desenhadas pela gente, a gente tem a preocupação de escolher a nossa malha e os acabamentos. Em 15, 20 dias a gente conseguiu vender todas as camisas. E hoje, graças a Deus, só pelo ano novo, a gente bateu o recorde de vendas e vendeu mais de 2.000 básicas em apenas um mês. A gente começou a fabricação de camisas básicas, posteriormente lançou bermudas impermeáveis; a gente lançou polo; coleção de óculos, e outros produtos”, disse.
Rodrigo Almeida frisou que a cidade de Maragogi é uma inspiração. “Têm muitas lojas que vendem roupas, a gente vende a roupa fabricada pela gente. A gente queria se preocupar com o cliente. Cada dia a gente tenta se aperfeiçoar a cada dia mais. Até da etiqueta personalizada, o tipo de malha a gente faz voltado para a característica de Maragogi. A gente quer passar essa experiência não só para o nativo, a gente atende 90% nativo, tem também o turista, mas a gente prioriza muito quem é da terra. A gente tem muitas peças voltadas para lembrar a cidade de Maragogi”, ressaltou. A fabricação das peças é terceirizada.
Público feminino
Mesmo sendo uma loja de moda masculina, hoje, a maior clientela é o público feminino. “Hoje a nossa estatística é mais ou menos 60% a 40%. 60% do nosso público hoje é feminino. A mulher tem um olhar mais carinhoso para isso e está muito mais ligado nas tendências, se bem que, o nosso público masculino é muito forte. Muitas mulheres também compram as roupas para os companheiros. Mas tem muita mulher que gosta de uma camisa mais largada, tanto para academia, tanto no dia a dia e hoje pode comprar para se vestir mesmo, da nossa marca”, relatou o empreendedor.
Físico e online
O empresário informou que as vendas online estão ‘empatadas’ com as vendas físicas. “O nosso trabalho é totalmente otimizado e a gente quer fazer com que o cliente compre a peça no conforto do lar. Hoje a gente faz a consultoria online. O cliente chama a gente no WhatsApp e a gente atende ele. Hoje a gente faz um cadastro de clientes e a gente manda uma mala para a casa do cliente, se a gente não conseguir mandar a mala para provar no conforto do lar, a gente leva a loja até ele. Hoje o nosso percentual deve estar empatado em 50% a 50% (físico e online)”, disse.
Responsabilidade social
Rodrigo Almeida também faz com que a Stark seja engajada em causas sociais. “A gente faz campanhas com muitos times de Maragogi e a gente não quer ajudar só o melhor time, mas a gente quer ajudar aquele time necessitado. A gente é conhecido também por isso, inclusive, a gente humaniza muito, que hoje é a única loja em Maragogi, uma única empresa de Maragogi, que tem um comedouro para cachorros e um bebedouro para cachorros, não para aglomerar animais, mas para a gente fazer o diferencial também para ver que a empresa não se importa só com o cliente, mas se importa com o pet do cliente e com o pet da rua. A gente tenta humanizar a empresa, hoje a gente tem a empresa humanizada”, concluiu.