Semudh visita quilombos em Passo do Camaragibe e Japaratinga para promover resgate histórico das comunidades
Quilombos Perpétua, Bom Despacho e Macuca receberam atividades do Projeto Território de Resistência: Identidade Quilombola em Foco
Com o objetivo de promover o resgate da história e fortalecimento da cultura de comunidades tradicionais, a Secretaria de Estado da Mulher e dos Direitos Humanos (Semudh) está realizando o Projeto Território de Resistência: Identidade Quilombola em Foco. Nestes últimos dois dias (2 e 3), foram realizadas atividades nos quilombos Perpétua e Bom Despacho, em Passo do Camaragibe, e Macuca, em Japaratinga.
O projeto surgiu de uma necessidade exposta pelas próprias comunidades, que apontaram a dificuldade, sobretudo dos mais novos, na valorização da identidade quilombola. Além disso, as ações visam identificar e entender as demandas desses povos e, com isso, buscar soluções junto aos órgãos competentes. As atividades realizadas na Região Norte do Estado também contaram com a participação do Instituto de Terras e Reforma Agrária de Alagoas (Iteral).
“Nosso objetivo é reunir esses quilombos que estão sendo contemplados para que a gente possa criar uma rede com objetivo de potencializar a identidade quilombola, assim como entender a vivência e as demandas das comunidades”, disse o gerente de Políticas de Monitoramento de Políticas Públicas para Igualdade Racial da Semudh, Jonathan Silva.
A primeira comunidade visitada foi Perpétua, onde a equipe conheceu o território e o modo de vida dos seus residentes. As lideranças relataram a necessidade de restauração da Casa de Farinha, que é uma fonte de renda e um símbolo de grande importância histórica e ancestral do quilombo. Posteriormente, em Bom Despacho, representantes da associação quilombola local explicaram que há uma dificuldade maior de mobilização nas atividades da comunidade e de identificação da identidade quilombola.
Por fim, o segundo dia de atividades aconteceu na comunidade Macuca. Por lá, foi promovida uma palestra sobre a importância de assumir e resgatar a identidade quilombola como uma forma de resistência. Também foram debatidas estratégias para o fortalecimento da ancestralidade, sobretudo no aspecto cultural.
O projeto já realizou atividades nas comunidades de Pixaim, em Piaçabuçu, e no quilombo do Povoado Jorge, em Poço das Trincheiras, e seguirá promovendo ações em outras regiões de Alagoas.