Carla Zambelli critica ordem de prisão determinada por Moraes e STF
Deputada afirma que decisão de ministro do STF viola a Constituição

A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) divulgou nota nesta quarta-feira (5) em resposta à decisão do ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), que determinou sua prisão preventiva.
Na mensagem, a parlamentar classificou a medida como “ilegal, inconstitucional e autoritária”, e anunciou que pretende denunciar o caso em instâncias internacionais.
“Denunciarei esse abuso, essa perseguição e essa escalada autoritária em todos os fóruns internacionais possíveis. O mundo precisa saber que, no Brasil, ministros do Supremo agem como imperadores, atropelando leis, calando vozes, destruindo famílias”, apontou.
Segundo Zambelli, sua prisão contraria a Constituição, que prevê prisão de parlamentares apenas em flagrante e por crime inafiançável. Ela acusa Moraes de agir de forma monocrática, desrespeitando o devido processo legal e os limites da imunidade parlamentar.
A deputada também criticou o bloqueio de suas redes sociais e de contas administradas por sua mãe e seu filho, o que, segundo ela, representa um ataque à sua família.
“Moraes não atacou apenas a deputada ou a cidadã. Ele atacou uma mãe, uma filha”, escreveu. A parlamentar afirmou ainda que a medida afeta sua mãe, Rita Zambelli, pré-candidata a deputada federal, e seu filho, João Zambelli, de 17 anos.
Ordem de prisão
A ordem de prisão foi emitida após a própria deputada afirmar, em entrevista, que deixou o Brasil “há alguns dias” e que pretende viajar da atual localização nos Estados Unidos para a Itália, país onde possui cidadania.
O ministro também determinou o bloqueio de seus passaportes, salários e benefícios parlamentares, além de fixar multa de R$ 50 mil por publicações em redes sociais, próprias ou de terceiros, que repliquem conteúdos considerados criminosos.
Com a renúncia da equipe jurídica que a representava, Moraes designou um defensor público para atuar no processo. A decisão atende a um pedido da Procuradoria-Geral da República, que apontou a possibilidade de prisão preventiva como uma das medidas cabíveis no caso.
No mês passado, o STF condenou Zambelli a dez anos de prisão por envolvimento na invasão ao sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). A deputada havia tido o passaporte retido em 2023, mas o documento acabou sendo devolvido.
Zambelli declarou que pretende solicitar licença não remunerada da Câmara para permanecer fora do país, sob alegação de tratamento médico.
Veja também
Últimas notícias

Polícia prende acusado de matar ex-presidiário em Colônia Leopoldina

Defesa Civil Estadual realiza teste demonstração do Sistema de Alerta de Desastre no próximo dia 14

PRF apreende quase meia tonelada de cocaína em caminhão carregado com abacaxi

IMA e Batalhão Ambiental flagram abate clandestino de carne em São Luís do Quitunde

Nova frota do transporte escolar começa a trafegar em Maceió

Prefeito faz adesão de Matriz de Camaragibe ao Selo Unicef
Vídeos e noticias mais lidas

Alvo da PF por desvio de recursos da merenda, ex-primeira dama concede entrevista como ‘especialista’ em educação

12 mil professores devem receber rateio do Fundeb nesta sexta-feira

Filho de vereador é suspeito de executar jovem durante festa na zona rural de Batalha

Marido e mulher são executados durante caminhada, em Limoeiro de Anadia
