Impasse suspende atividades da Frigovale em Arapiraca

O impasse entre a Frigovale e os marchantes de Arapiraca, que querem ficar com as vísceras e o fígado do animal, gerou a suspensão das atividades da empresa em Arapiraca, na tarde desta terça-feira (5). Os marchantes afirmaram que vão voltar para o antigo matadouro da cidade nesta quarta-feira (6), enquanto a situação não for resolvida.
De acordo com Marlos dos Santos, representante da Associação dos Açougueiros de Arapiraca (AAA), o contrato que garante o funcionamento da empresa e atribui cláusulas de negociação não determina que a Frigovale fique com as vísceras e o fígado do animal para comercialização. Essa é a principal causa do impasse entre as partes.
Marlos dos Santos disse ao Portal 7 Segundos que no contrato, a Frigovale é responsável pelo abate dos animais, podendo comercializar as vísceras, o que não atribui que os marchantes não possam ficar com essas partes para eles próprios negociarem.
Segundo o representante dos açougueiros de Arapiraca, o contrato define em até R$ 68 o valor do abate do boi pela Frigovale. No entanto, a empresa está cobrando R$ 45 pelo abate do animal, preço comercializado no mercado alagoano, mas a empresa quer ficar com as vísceras e o fígado do animal.
"Sem as vísceras e o fígado os marchantes terão prejuízos que podem chegar a R$ 30 mil por mês, dependendo da quantidade de animais de cada marchante abatidos pela empresa", afirmou Marlos dos Santos.
Audiência com Ministério Público
De acordo com o representante dos marchantes, o advogado da Associação dos Açougueiros de Arapiraca vai entrar com uma ação no Ministério Público Estadual (MPE) contra a empresa.
Enquanto isso, marchantes e fateiras (que tratam de separar as partes do corpo do animal) vão voltar a trabalhar no antigo matadouro da cidade, no Lago da Perucaba.
Nota da empresa
Em nota, a empresa FrigoVale afirmou que se reuniu, nesta terça-feira (5), com representantes dos marchantes e foi esclarecido que o valor cobrado pelo serviço de abate e resfriamento foi definido, após diversas reuniões com marchantes e com a Prefeitura de Arapiraca, baseado no que é praticado pelo mercado, considerando ainda a capacidade local, os custos decorrentes do investimento em qualidade e adequação à legislação nacional vigente.
Desde a chegada em Arapiraca, a empresa mantém o diálogo aberto com todos os segmentos envolvidos. Durante a reunião, os marchantes não aceitaram um acordo e ficou definido que os animais continuariam a ser abatidos no antigo matadouro, sem as condições legais e de higiene exigidas pelas normas em vigor.
Diante do impasse, a FrigoVale optou por interromper suas atividades até que haja um consenso com a categoria.
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