Os alunos da rede pública municipal de ensino estão longe de comemorar. Além das constantes denúncias de problemas estruturais nas escolas da capital, greve de servidores e outras dificuldades, a situação, agora, se estende, também, para o fardamento escolar dos alunos. A Prefeitura de Maceió alugou um galpão para estocar objetos e fardamento escolar orçado em R$108 mil reais.

Uma postagem do vereador Silvânio Barbosa (PMDB) sobre o assunto repercutiu nas redes sociais e, em poucos minutos, gerou diversos compartilhamentos por parte dos internautas. Em entrevista ao portal 7 Segundos, o político criticou o valor do contrato e afirmou que ele é “exorbitante” e “superfaturado” e que a prefeitura não tem condições financeiras e base legal para realizar a parceria. Para ele, as fardas precisam ser vestidas pelos alunos e “não precisam estar em um galpão caríssimo pago com o nosso dinheiro”.

“O Município acredita que tem 25 vereadores que não conhecem a realidade de Maceió, mas estão enganados. Tem um que sabe, que conhece e que investiga e vê tudo. Estou estarrecido com o valor desse aluguel”, comentou. Barbosa pretende discutir o contrato e apreciar a matéria em sessão ordinária na Câmara dos Vereadores, a ser realizada na próxima terça-feira (2). Ele também pretender pedir a nulidade do contrato junto ao Ministério Público e solicitar que o órgão notifique a prefeitura para as medidas cabíveis.  

De acordo coma súmula do contrato de locação, a empresa responsável pelo aluguel é a “Geriforte” (Gerenciamento de Bens e Serviços LTDA). O espaço fica localizado na Avenida Durval de Góes Monteiro, no bairro Tabuleiro do Martins. Além do aluguel do galpão, a prefeitura também realizou a contratação de dois banheiros, ainda sem utilidade.

O documento apresenta todas as informações referente ao contrato e registra que o acordo visa atender as necessidades da Secretaria Municipal de Educação (Semed). Segundo o laudo de vistoria do imóvel, datado em 10 de junho de 2016, o aluguel total do bem, que deve durar aproximadamente um ano, é orçado em R$108 mil reais, divididos em R$9 mil reais mensais.  

Em contato com a assessoria de comunicação da Semed, a pasta afirmou que se posicionará posteriormente por meio de nota e que desconhece a locação do espaço.