Mulheres que exercem função de taxistas ainda são minoria em Arapiraca

Quem solicita o serviço de taxi no Agreste dificilmente vai encontrar uma mulher atuando na profissão. Apesar da quebra de tabu, onde as mulheres assumem cargos e profissões que eram essencialmente exercidas por homens, a profissão de taxista ainda é dominada pela classe masculina.
De acordo com os dados da Superintendência Municipal de Transporte e Trânsito (SMTT), dos 500 taxistas cadastrados no município, apenas 22 são mulheres, o que representa apenas 4,5% dos taxistas que trabalham no município.
Essa tendência é nacional. Na cidade de São Paulo, por exemplo, do total de 3.800 táxis pertencentes às empresas da capital, pouco mais de 5% são dirigidos por mulheres, ou seja, 200 profissionais do sexo feminino trabalham com táxis das frotas na capital paulista.
Em Arapiraca, Ana Lécia Vieira da Silva, 36 anos, desempenha a profissão de taxista há quatro anos. Segundo ela, já havia trabalhado como motorista particular anteriormente e quando perdeu o emprego decidiu seguir na mesma área.
A flexibilidade do horário e a possibilidade de ficar mais tempo com os quatro filhos foram decisivos na escolha.
“Eu crio quatro filhos sozinha e a profissão de taxista me possibilita trabalhar no período que atende as minhas necessidades. Logo cedo levo um grupo de estudantes para escola e depois volto pra casa e vou preparar o almoço e realizar outras tarefas domésticas. No período da tarde fico no ponto rotativo. À noite atendo chamadas particulares de outros clientes”, relatou Ana.
Ela disse que atualmente, por conta da crise financeira, o número de clientes tem reduzido bastante, mesmo assim é com a profissão de taxista que ela consegue pagar a prestação do veículo, que custa cerca de R$ 800,00 e todas as despesas de casa.
Clientes ainda ficam surpresos
Ana Lécia contou que apesar de já trabalhar há quatro anos dirigindo taxi em Arapiraca, muitos passageiros ainda ficam bastente surpresos quando entram no veículo e encontram uma mulher na direção. Algumas frases são corriqueiras na rotina dessa profissional do volante: É você mesma que vai dirigir? Cadê o taxista?” , estes são alguns questionamentos feitos por clientes.
Ana afirma que trata esse espanto dos clientes com muita naturalidade e ao longo do percurso eles acabam se convencendo que ela é uma ótima motorista. “Muitos deles pedem até o meu cartão e depois se tornam clientes permanentes”, afirmou.
Mas por conta da crise financeira, a taxista disse que se tivesse a oportunidade de trabalhar como motorista particular, deixaria a profissão de taxista.
“Eu amo a minha profissão, adoro dirigir. Como motorista eu perco a flexibilidade de horário, mas tenho a certeza de quanto vou receber no final do mês e programo melhor o meu orçamento. Já como taxista não há essa previsão”, finalizou.
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