Greve da educação em Arapiraca é culpa do prefeito, acusa presidente do Sinteal
"Rogério está muito legalista e não quer resolver a situação", afirmou André Luís

A greve da educação em Arapiraca, cidade do Agreste de Alagoas, completa 74 dias nesta terça-feira (25) e o acampamento na porta do Centro Administrativo, onde funciona a Prefeitura e as secretarias municipais, continua. “Se preciso for, vamos permanecer a semana inteira aqui”, informou o presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Educação de Alagoas (Sinteal) em Arapiraca, André Luís.
Acampamento continua na manhã desta terça-feira (25) em frente ao Centro Administrativo
Durante entrevista ao programa Jornal da Nova, da rádio Nova FM, na manhã desta terça (25), André disse que o prefeito Rogério Teófilo não abre mão dos 2,33%, justificando que a Lei da Responsabilidade Fiscal não permite. “Só que já mostramos que o Fundeb [Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação] tem condições, basta a prefeitura se adaptar”, falou.
“Quero deixar claro uma coisa, a culpa da greve não é dos servidores, mas da desorganização da educação de Arapiraca e do gestor, que está muito legalista e não quer resolver a situação”, disse o presidente.
Sobre a ocupação no Centro Administrativo, André afirmou que não vai “arredar o pé” e que “vai continuar enquanto o prefeito não mudar”.
O que diz o prefeito
O prefeito Rogério Teófilo também concedeu entrevista ao vivo nesta terça-feira. Via telefone, ao programa Pajuçara na Hora, o gestor prestouesclarecimentos e pediu a compreensão por parte dos servidores grevistas, que continuam bloqueando todas as entradas do Centro Administrativo.
O gestor reafirmou que não tem como dar, legalmente, o reajuste exigido pela categoria nas condições financeiras em que recebeu a prefeitura de Arapiraca.
"A proposta da Administração Municipal é de 2,33%, que serão pagos retroativos ao mês de abril, data base da categoria. A prefeitura não tem condições de conceder algo além disso, por causa da Lei de Responsabilidade Fiscal", lembrou Teófilo.
Indagado pelo radialista Ailton Avilis sobre o prejuízo causado pela ocupação dos servidores, o prefeito explicou que não é só a Educação que está com serviços e atendimentos paralisados.
"Servidores responsáveis pelo fechamento da folha de julho não podem entrar para finalizar o processo, servidores da Saúde não podem dar encaminhamentos nos processos para cirurgia, servidores da Fazenda não podem dar assistência aos empresários e contribuintes de Arapiraca", disse o gestor.
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