Codevasf propõe soluções para estimular a criação de camarão em Alagoas
Técnicos da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) participaram, nessa quarta-feira (18), de uma reunião do Fórum Temático da Aquicultura de Alagoas, que avaliou o cenário da carcinicultura no estado.
A reunião foi realizada no auditório da Codevasf em Penedo, município localizado no Baixo São Francisco, e serviu para identificar os atuais desafios da atividade aquícola, como também para propor soluções para o fomento à criação de camarão, especialmente no Baixo São Francisco alagoano.
A Codevasf foi representada no Fórum pelos engenheiros de pesca Paulo Pantoja, Ana Helena Gomes, Klay Lustosa, Vinicius Dias Filho e Álvaro Albuquerque. “Diante da missão da Codevasf de promover o desenvolvimento regional, a empresa vem atuando desde a década de 1970 para fomentar atividades aquícolas aqui na região do Baixo São Francisco. Com o fomento à carcinicultura, apostamos em mais uma frente para estruturação do desenvolvimento regional e participar do fórum é de fundamental importância para que a Codevasf se mantenha atuante na execução de políticas públicas do Governo Federal”, destacou Paulo Pantoja.
O papel desempenhado em Alagoas pela Codevasf no fomento às atividades aquícolas – a exemplo da piscicultura e da carcinicultura – foi apontado também por Thatianne Vilela, assessora técnica de Desenvolvimento Agropecuário da Secretaria de Estado da Agricultura, Pecuária, Pesca e Aquicultura (Seagri/AL), pasta responsável pela coordenação do Fórum da Aquicultura de Alagoas.
“A Codevasf sempre foi um forte parceiro da Seagri, especialmente em relação ao fomento à aquicultura, atundo tanto no fomento direito à atividade como na execução em parceria. Por isso, é um órgão fundamental no desenvolvimento da aquicultura em Alagoas”, afirmou Thatianne Vilela.
Para a assessora técnica de Desenvolvimento Agropecuário da Seagri/AL, a regularização dos empreendimentos em aquicultura, tema central desta reunião do fórum, representa um caminho para ampliação dos cultivos e inclusão de novos aquicultores familiares e empresariais.
“A carcinicultura vem sendo desenvolvida em Alagoas muitas vezes de maneira amadora. Estamos incentivando cada vez mais a regularização dos empreendimentos para que os produtores busquem desenvolver a atividade de maneira legal para que possam buscar subsídio e apoio de instituições pública”, disse.
O licenciamento ambiental foi o principal ponto de discussão na reunião do fórum. Na avaliação dos carcinicultores familiares e empresariais presentes na reunião, o processo de simplificação do licenciamento ambiental para cultivo de camarão autorizado pelo Conselho Estadual de Proteção Ambiental de Alagoas (Cepram/AL) trouxe um avanço no fomento à atividade.
“Conseguimos há pouco a simplificação do processo de licenciamento ambiental para carcinicultura em até 10 hectares baseada em processos semelhantes de outros estados como Sergipe. De certa forma, consideramos isso um avanço, que demonstra que Alagoas já pretende abraçar a criação de camarão como uma atividade econômica importante. Ainda temos algumas exigências que precisam ser melhor simplificadas. Hoje no fórum já apresentamos aos representantes do Instituto do Meio Ambiente de Alagoas algumas sugestões de alteração no atual procedimento de licenciamento ambiental”, contou o secretário da Associação dos Criadores de Camarão de Alagoas (Accal), Joaquim Eugênio.
A reunião do Fórum Temático da Aquicultura de Alagoas contou com a participação de representantes de diversas instituições, como Federação da Agricultura e Pecuária de Alagoas (Faeal), Seagri/AL, Instituto do Meio Ambiente de Alagoas (IMA/AL), Accal, Universidade Federal de Alagoas (Ufal), de prefeituras municipais e aquicultura familiares e empresariais, entre outros.