Sesau promove curso sobre população em situação de rua
Tratar os desiguais de forma desigual é princípio do SUS e, sendo assim, defendido pelas equipes

A população em situação de rua foi pauta de curso promovido pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), através da Supervisão de Educação e Promoção da Saúde na segunda-feira (23). Participaram representantes dos três municípios com Centro de Referência Especializado para População em Situação de Rua (Centro POP), mais técnicos interessados de São Miguel dos Campos.
“No encontro trazemos os enfrentamos que os agentes encontram no serviço, e a aplicação dos cuidados relacionados à manutenção da saúde nos casos. O trabalho acontece em parceria com os municípios e é executado por vários profissionais, como psicólogos, assistentes sociais e educadores”, explicou a técnica de referência das políticas transversais da Sesau, Elma Liliane Araújo.
Os três municípios com Centro POP em Alagoas são: Maceió (duas unidades), Arapiraca (uma unidade) e Palmeira dos Índios (uma unidade). Eles são tidos, conforme o Ministério da Saúde, como espaço de referência para o convívio grupal, social e o desenvolvimento de relações de solidariedade, afetividade e respeito.
De acordo com a Pesquisa Nacional Sobre a População em Situação de Rua, realizada pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome em 2008, com 32 mil adultos em situação de rua em 71 cidades, a população em situação de rua no Brasil é estimada em 50 mil adultos e 24 mil crianças e adolescentes. Maioria é formada por homens (82%), negros (67%) e que exercem alguma atividade remunerada (70%). No caso das crianças e adolescentes, 71,8% são do sexo masculino e 28,2%, do sexo feminino.
Ainda segundo a pesquisa, entre as principais características estão: a pobreza extrema, vínculos familiares interrompidos ou fragilizados e a moradia em espaços públicos como ruas e praças. Ocasionalmente, essa parcela da população utiliza abrigos e albergues para pernoitar. Entre os principais motivos que os levaram a sair de casa estão o alcoolismo/drogas (35,5%), o desemprego (29,8%) e os conflitos familiares (29,1%).
A pesquisa mostrou também que 18,4% dos entrevistados já passaram por experiências de impedimento de receber atendimento na rede de saúde, que 29,7% afirmaram ter algum problema de saúde, 18,7% fazem uso de algum medicamento, sendo os postos e centros de saúde os principais meios de acesso a eles, 43,8% afirmam que inicialmente procuram as emergências/hospitais quando estão doentes e 27,4% procuram o posto de saúde.
“Tratar os desiguais de forma desigual de modo a alcançar a igualdade de atendimento entre todos os usuários é princípio do SUS [Sistema Único de Saúde]. Então nós temos que estar atentos aos enfrentamentos, observar os motivos que causaram a ida à rua, para que possamos melhor intervir e acolhê-los”, argumentou a técnica.
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