Arapiraca

Servidores da Educação fazem greve de advertência em Arapiraca

Nova assembleia está marcada para 12 de janeiro

Por 7Segundos 27/12/2017 14h02
Servidores da Educação fazem greve de advertência em Arapiraca
Assembleia do Sinteal com pessoal da rede municipal de Arapiraca - Foto: Arquivo/7 Segundos

O primeiro ano da gestão de Rogério Teófilo teve seu maior desafio na Educação, conforme declarou o gestor em entrevistas nesta quarta-feira (27). O planejamento da pasta foi alterado por conta dos 90 dias de paralisação, motivo de readequação no ano letivo que só terminará em abril de 2018 e ainda poderá ser mais prolongado.

A possibilidade de um novo movimento grevista nas escolas mantidas pela prefeitura de Arapiraca já tem duas paralisações de advertências, a segunda deflagrada nesta quarta-feira (27), durante assembleia organizada pelo núcleo regional do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Alagoas (Sinteal).

Os movimentos antecedem a decretação de uma greve por tempo indeterminado, protesto que pode ser iniciado em 12 de janeiro, data da próxima assembleia convocada pelo sindicato que aguarda o relatório 2017 da pasta da Educação, documento que o governo tem até 10 de janeiro para apresentar.

“Nós queremos saber quem recebe pela folha 60 e quem recebe pela folha 40 e quanto foi investido na Educação de Arapiraca em 2017”, declarou o presidente do núcleo regional do Sinteal, professor André Luiz, sobre alguns pontos da pauta colocada em discussão desde o início do ano.

As dúvidas levantadas pelo sindicato referem-se à identificação do pessoal que tem salário pago com recursos do Fundef para o magistério (60% do total do recurso federal) e quem recebe com o valor dos 40% restantes.

De posse da lista, o sindicato poderá identificar se há, por exemplo, professor que não leciona, mas recebe como se estivesse em sala de aula; se há servidor que não é docente, mas recebe como se fosse; se há ‘fantasmas’ na lista e outras supostas irregularidades, inclusive sobre a aplicação de verba carimbada para reforma de escolas ou aquisição de material para equipar as unidades de ensino.

“Também temos a questão da defasagem salarial para chegar ao piso nacional do magistério porque, para que houvesse a equiparação em 2017, seria preciso reajustar em 7,6%, ainda faltam 5%”, disse André Luiz sobre o reajuste que ficou em 2,3%.

O prefeito Rogério Teófilo já reafirmou que o percentual era o que poderia ser concedido, conforme divulgação feita pela prefeitura logo após a reunião realizada em 19 de dezembro entre representantes do governo, sindicato e trabalhadores da rede municipal de Educação.