MP vai requisitar informações sobre caso das carteiras escolares
Promotor Rogério Paranhos foi ao depósito e encontrou o mobiliário denunciado
O Ministério Público (MP), por meio do promotor de Justiça Rogério Paranhos confirmou a existência de carteiras escolares num depósito localizado no Distrito Industrial de Arapiraca. O mobiliário é fruto de uma denúncia de compra sem o processo de licitação pela prefeitura municipal.
Na última semana, um grupo de vereadores já tinha ido ao local e encontrou um dos lotes de cadeiras e mesas que provavelmente estariam escondidas, já que foram adquiridas pela gestão pública sem a conclusão dos trâmites burocráticos e nem tampouco estavam nas salas de aula da rede pública da cidade.
O promotor Rogério Paranhos revelou que foi ao depósito junto ao procurador do município de Arapiraca, Rafael Gomes Alexandre, após receber uma representação na última quinta-feira (24). Após comprovar que o material escolar estava neste galpão, o representante do MP requisitou documentos e informações sobre o mobiliário e outros itens que estão armazenados no mesmo ambiente e que provavelmente também pertencem ao município.
“Recebi uma representação na quinta da semana passada sobre o caso. Na sexta (25), fui ao depósito onde estavam as carteiras escolares, onde também compareceu o Procurador do Município de Arapiraca, Dr. Rafael. Marquei uma reunião com o mencionado Procurador para esta semana, sobre o caso, restando acordado entre nós que o secretário de Educação também comparecerá. Já nesta quarta-feira (30) requisitarei documentos e informações sobre o caso, para análise e posicionamento do MP”, informou o promotor ao portal 7Segundos.
Após a publicação da matéria do portal 7Segundos sobre o suposto desaparecimento de centenas de carteiras escolares da prefeitura de Arapiraca, o assunto ganhou repercussão ainda maior após um grupo de vereadores ter localizado um lote de mesas e cadeiras guardadas num galpão. O material deveria estar sendo usado nas escolas, mas ninguém soube informar porque estava neste depósito desde o início do ano, quando foi adquirido pela prefeitura, mesmo sem ter obedecido ao processo de licitação.