Servidora acusa de agressão verbal membro do Conselho Local de Saúde
Suposto agressor é esposo de chefe da vítima, gestora do Posto de Saúde do Canaã
Uma funcionária pública lotada na rede municipal de saúde de Arapiraca prestou Boletim de Ocorrência, na manhã desta quarta-feira (12), em desfavor do Vice-Presidente do Conselho Local de Saúde da UBS Canaã, Anselmo Batista da Silva.
Claudete Inácio da Silva afirma ter sido agredida verbalmente pelo conselheiro, quando estava sentada em um arquivo nas dependências do posto e saúde. Anselmo não teria, segundo a denunciante, cargo de chefia, que o autorizasse a chamar a sua atenção, ainda mais do modo como o fez, “gritando com a vítima e mandando-a sair de cima do arquivo, alegando que ali não era local de sentar, constrangendo a mesma”, conforme relatado por ela no B.O.
Claudete atribui a atitude ao fato de o suposto agressor ser esposo da gestora da unidade de saúde do Povoado Canaã, zona rural de Arapiraca.
Além de prestar queixa na polícia em virtude do ocorrido, a funcionária pública relatou que há muito tempo vem sofrendo perseguição e assédio moral por parte da gestora da unidade, Antônia Francisca, que vem tendo seu nome ligado a várias denúncias de assédio moral e perseguição contra funcionários.
Para a servidora, a atitude de Anselmo se apoia no cargo ocupado pela esposa que, segundo ela, é fruto de interesse político do Prefeito Rogério Teófilo. Ela contou que, desde que Antônia Francisca assumiu a gestão, oito funcionários já pediram transferência da unidade por questões semelhantes.
A presidente do Sindicato dos Servidores Públicos da Saúde, Administração e Serviços disse que o Ministério Público já foi acionado sobre casos semelhantes envolvendo outros funcionários do posto de saúde.
“É um absurdo que uma funcionária seja desacatada e desrespeitada, numa clara atitude machista de superioridade física e política, a fim de intimidar a servidora”, disse Joseane Lima Silva Mendes, presidente do Sindicato dos Servidores Públicos da Saúde, Administração e Serviços (SINDSAR), que acompanhou Claudete até a Delegacia para p registro do Boletim de Ocorrência.
Ela acrescentou que o SINDSAR, e o Sindicato estadual de saúde já solicitaram esclarecimentos do responsável da pasta sobre os ocorridos, sugerindo inclusive que fosse aberto um procedimento administrativo para apurar a conduta da gestora, mas até ao momento nada foi feito.
Lilian Menezes serviu na unidade, a qual Antônia Francisca é gestora, e conta que tentou fazer de tudo para permanecer no posto de saúde onde criou laços afetivos com os usuários, mas acabou tendo que pedir transferência porque já estava tendo problemas de saúde em virtude da consulta “carrasca” da gestora.
“Eu vi que não ia ter resolutividade, porque o sindicato entrou no caso, o secretário pediu pra eu ficar por causa do tempo que eu tinha lá, quase treze anos na comunidade do Canaã, e tentou resolver. Aí quando esses órgãos entraram no caso e não conseguiram resolver, eu tive que sair”, desabafou.
Ao 7Segundos, Anselmo Batista disse que apenas chamou a atenção da servidira como usuário do SUS, pois não achou que a postuta da mesma fosse correta. Ele disse que ao chegar na unidade, a funcionária estava sentadea no balcão da recepçã, e outro funcionário de saúde em pé. Ele acrescentou que pediu para ela o atender e advertiu que ali não era lugar de se sentar daquele jeito, quando a mesma o respondeu de forma grosseira, o xingando de "desocupado, cachorro e cão do inferno", coccluiu.
Já a diretora da unidade disse, Antônia Francisca, disse que é vítima perseguição por parte de um grupo de funcionários.