Moradores confeccionam árvore natalina com garrafas pet em Teotônio Vilela
Presépio também foi montado por uma moradora

A ideia surgiu depois que o bairro Gerais, no município de Teotônio Vilela, ganhou uma nova praça, em março deste ano. “A praça ficou muito bonita, então a gente pensou em decorar ela, porque as pessoas ficam aqui a nnoite enquanto as crianças estão brincando”, explica Andréia de Almeida, que é servidora pública e moradora da comunidade que construiu e ornamentou uma árvore de natal feita com garrafas pet.
Os moradores criaram um grupo de WhatsApp com o nome “Decoração da Praça do Gerais”, e começaram a discutir a ideia. Cerca de cinquenta pessoas se envolveram no projeto e arrecadaram as garrafas na comunidade. Os garis do município também ajudaram separando garradas descartadas no lixo da cidade.Elas eram entregues no setor de coleta improvisado, na residência de Andréa, situada em frente a praça onde a árvore foi montada.
Finalizada a etapa de coleta, os moradores passaram a se reunir todas as noites na casa de Andréa para cortar as garrafas e criar a peça natalina. A base, feita de arame, foi pensada e confeccionada por um vereador que atua no bairro. Peça a peça, o grupo construiu a árvore artesanal. “Se a gente soubesse que iria fazer tanto sucesso, tínhamos contado quantas garrafas usamos, mas a gente não ligou para isso”, confessa Andréia, com um sorriso de satisfação no rosto.
Edificada, as luzes da árvore foram instaladas com a ajuda de profissionais do setor elétrico da Prefeitura e se transformou em atração no bairro. Depois de montada a árvore, Atanilde da Paixão, assistente de enfermagem e moradora da comunidade, teve a ideie de construir um presépio. “Eu disse para Andréia: vamos fazer um presépio. Mas eu acho que Andrea não botou muita fé, não viu?[sic].”
Atanilde explica que nunca tinha dado forma a rostos e que se surpreendeu com o resultado do próprio trabalho. “Eu usei cimento e tecidos velhos. São toalhas velhas que a gente usa para limpar o chão. Eu juntei minhas e das vizinhas. Fiz a massa do cimento bem grossa, depois embebedei o pano. Fiz o esqueleto em arame e vesti até criar um molde. Com o rosto é diferente, fiz à mão. Fiquei muito feliz porque eu nunca pensei que fosse conseguir.” Os preferidos dela são os três reis magos. A moradora de 52 anos levou nove dias para a conclusão da obra e já faz planos para o futuro: “ano que vem eu quero fazer eles maiores.”
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