Em primeiro dia de interdição do Cremal, hospital Afra Barbosa estaria funcionando normalmente
Diretora médica afirma aguardar decisão do órgão após vistoria ocorrida na última quarta (11)
A diretora médica e administrativa do hospital Afra Barbosa, Vaneska Barbosa, afirmou que na manhã desta sexta-feira (13), o funcionamento da unidade hospitalar está transcorrendo dentro da normalidade. Hoje é o primeiro dia da interdição ética imposta pelo Conselho Regional de Medicina de Alagoas (Cremal). A médica afirmou para o 7Segundos que ainda aguarda ser notificada pelo órgão se realmente deve cumprir a decisão. “Até o momento não recebemos nenhuma comunicação. Estamos aguardando o resultado da visita técnica que foi feita esta semana. Então o hospital continua funcionando”, declarou Vaneska Barbosa, que em seguida afirmou que poderá ter um posicionamento sobre a situação até o final da tarde.
No entanto, de acordo com o presidente do Cremal, Fernando Pedrosa, o hospital Afra Barbosa, que oficialmente se chama Memorial Djacy Barbosa, a decisão sobre a interdição ética está mantida e nenhum profissional de medicina deveria estar trabalhando na unidade a partir desta sexta-feira.
“Nós não temos autoridade legal para fechar o hospital, só a Vigilância Sanitária poderia fazer isso. A interdição ética atinge especificamente o corpo médico. A partir de hoje [sexta-feira, 13 de março] se algum médico estiver trabalhando no local, estará infringindo o Código de Ética Médica por desobediência à decisão do Conselho, e poderá sofrer processo ético”, esclareceu.
Fernando Pedrosa confirmou que, na última quarta-feira (11), conselheiros fizeram uma nova vistoria no hospital Afra Barbosa e o relatório foi submetido à sessão plenária na quinta-feira (12), que manteve a decisão anterior da interdição ética. O relatório deverá ser encaminhado para o hospital, para as secretarias municipal e estadual de Saúde e para o Ministério Público.
“O hospital está em reforma em tão intensidade que não havia condições básicas para fazer a avaliação. Então vamos esperar as obras serem concluídas para que uma nova vistoria seja feita. Mas mesmo assim, eu vejo isso como um ponto positivo, quer dizer que os proprietários estão realmente querendo resolver os problemas. A gente espera que todos os problemas sejam resolvidos, para que o hospital possa voltar a funcionar”, declarou.
O presidente do Cremal afirmou que, de acordo com os conselheiros que fizeram a vistoria, havia no hospital três ou quatro pacientes internados. Eles devem ser transferidos para outras unidades hospitalares e, após o fim de semana, o Conselho irá checar se a interdição ética está sendo cumprida.
Para que os médicos voltem a ter autorização para trabalhar no hospital, será necessário que o Conselho faça uma nova vistoria – que só deve acontecer quando as reformas forem concluídas – e que o relatório seja apreciado e aprovado em plenário. “Até lá, vale a decisão que interditou”, confirma o presidente da entidade.
O hospital Afra Barbosa vive talvez a pior fase de uma crise que perdura por décadas, marcada por problemas estruturais e trabalhistas, além de disputas judiciais entre membros da família que é proprietária da unidade. Vaneska Barbosa já havia admitido que o hospital precisa de ajuda externa para conseguir se recuperar.
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