“Não posso me acovardar”, afirma Jario Barros ao criticar inércia de Teófilo no combate à pandemia
Presidente da Câmara se reúne com vereadores na tarde de hoje para definir comissão de fiscalização de recurso federal para combater a covid-19

Em tom de desabafo, o presidente da Câmara de Vereadores de Arapiraca, Jario Barros, afirmou que o município precisa fazer um planejamento financeiro e adotar medidas urgentes para impedir a proliferação do coronavírus e garantir atendimento médico para os moradores que ficarem doentes.
“Faço parte da bancada governista, mas em um momento como este não posso me acovardar e fingir que está tudo bem. Estamos vivendo um momento em que as bandeiras políticas partidárias precisam ser deixadas de lado porque se as coisas continuarem como agora daqui a pouco essas pessoas doentes, essas mortes, deixarão de ser números e passarão a ser pessoas conhecidas da gente. O município recebeu quase R$ 9 milhões do governo federal para evitar isso, mas ninguém sabe como este dinheiro está sendo usado”, afirmou o presidente.
Na última quinta-feira (23), o Legislativo aprovou a criação de uma comissão de fiscalização exclusiva para acompanhar a aplicação de R$ 8,7 milhões enviados pelo Ministério da Saúde para a adoção de políticas públicas para o combate da pandemia. Os membros da comissão, que foi proposta pelos vereadores Léo Saturnino e Fábio Henrique, e a maneira como ela irá atuar deverão ser definidos em uma reunião por videoconferência que deve acontecer na tarde desta segunda (27).
Jario Barros afirmou que, além dos recursos federais, o município precisa cortar custos supérfluos, como aluguéis de imóveis, e centralizar todos os esforços no combate à pandemia, fazendo até mesmo remanejamento de servidores de outras áreas para atuar em ações de prevenção. O presidente da Câmara defende também que a Vigilância Sanitária receba um reforço para fiscalizar a preparação de alimentos em lanchonetes e restaurantes que fazem entregas.
O vereador sugeriu também que os recursos federais sejam utilizados para a compra de respiradores e até a disponibilização de leitos de campanha no município, a exemplo de cidades menores, como Girau do Ponciano, que construiu um hospital de campanha antes do envio de verba do Ministério da Saúde. Para Jario Barros, o número de leitos para atendimento de pacientes com coronavírus em Arapiraca - 40 no total, somando UTI e enfermarias - é insuficiente para a população do município somada a de cidades vizinhas.
“Se com a situação [de emergência] há uma brecha para facilitar as aquisições, não há razão para essa demora. Isso não justifica também que as coisas sejam feitas de maneira oculta. É inadmissível que um município como Arapiraca não tenha ainda adotado ações de grande vulto até o momento. O corpo técnico precisa desenvolver estratégias o mais rápido possível porque essa doença não é brincadeira. O coronavírus já está circulando na nossa cidade e pode atingir até mesmo as pessoas que tomam todos os cuidados. Ninguém está 100% seguro contra essa doença. Não falo como presidente da Câmara e nem como vereador, falo como cidadão. Se nada for feito, não vai demorar até que esses leitos estejam superlotados e os médicos tenham que decidir quem irão salvar”, declarou.
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