O mês de junho é marcado pelas tradicionais festas juninas. Milho, fogueira, e forró fazem parte da tradição. Mesmo com as restrições da pandemia do covid-19, o hábito de soltar fogos é comum nesta época do ano.

O barulho que estes artefatos produzem,  provocam incômodos para os animais, como os cães e gatos. O som dos fogos causa estresse, medo, pânico, ansiedade e traumas que podem persistir durante dias. Isto porque os pets possuem uma audição mais sensível e aguçada, e podem escutar até 4 vezes mais que os seres humanos.

O período das festas juninas e de fim de ano, acabam sendo momentos de angústia e preocupação para quem tem algum animal em casa.

Em casos mais graves, os ruídos dos fogos pode levar o animal a óbito, principalmente se o pet tiver histórico de traumas e doenças.

O médico veterinário Gustavo Rocha, explica que "os cães são animais que gostam de estar com outros, em matilha. Isso dá uma sensação de conforto para eles".

Gustavo Rocha/Foto: Reprodução 

Segundo o veterinário, os fogos de maneira geral causam transtornos, estresse e agitação nos animais, pois eles escutam qualquer barulho com muita facilidade.

Além dos cães, os gatos também são afetados pelo  barulho, porém demonstram menos e escutam numa frequência menor.

É preciso ter cuidado e atenção com os animais, em especial nestas datas comemorativas.


O que fazer para acalmá-los?

O médico recomenda que para ajudar o pet durante o momento dos fogos é importante agir com naturalidade, e brincar com ele, tentando distraí-lo como se nada tivesse acontecendo, e sem demonstrar medo ou nervosismo, pois todos esses sentimentos são percebidos pelos animais, o que pode piorar ainda mais a situação.

Passar uma faixa no tórax do animal, para dar a sensação de conforto e bem estar no momento dos fogos, também é outra forma de minimizar o medo do animal.


Dica:

Gustavo Rocha apresentou uma técnica que pode ser utilizada para acostumar o animal com o barulho dos fogos para que o medo e os transtornos sejam reduzidos:

O tutor do animal pode baixar sons de fogos e trovões na internet para acostumar o animal com o som.


Alerta:

O veterinário alertou que é preciso ter cuidado com objetos perfurantes, ou cortantes para que os pets não venham a se machucar:

"É necessário tomar cuidado com algum material perfuro cortante ou objetos que possam engolir no momento de estresse. Onde podem querer escapar também."

Vale ressaltar que é importante deixar as portas e janelas dos ambientes fechadas para evitar fugas e acidentes.

Em casos extremos de muita agitação por parte do animal, o médico afirmou que é recomendável levá-lo a um veterinário de confiança para que seja ministrado o medicamento correto, pois há medicamentos que não podem ser ministrados e que podem ocasionar efeitos indesejados para o pet.

Relato:

Jordana de Labert, integrante da Associação de Protetores Independentes de Arapiraca, responsável por acolher e resgatar animais em situação de rua, afirma que recomenda às pessoas e seguidores que acompanham o perfil do projeto, a nunca deixarem o pet sozinho no momento da queima de fogos.

Foto: Reprodução/Instagram 

Ela ressalta que é importante deixar o animal em um local que ele se sinta seguro:

"Preferencialmente onde tenha menor barulho possível de fogos e também que esse local seja confortável, a fim de evitar acidentes domésticos, pois no momento do desespero ele pode se machucar, buscando refúgio em locais que podem causar riscos à sua vida.”, destacou.


Sobre a Associação:

Protetoras Arapiraca é uma associação de protetores independentes que resgatam e acolhem animais de rua. A associação não possui verba pública ou fixa para manutenção e funciona através de doações financeiras e de materiais ou medicamentos para os pets.

Os resgates realizados dependem das doações das pessoas.

Estas doações são destinadas para o tratamento dos animais resgatados, através da compra de medicações, rações e despesas médicas.

Atualmente, 7 integrantes fazem parte da associação, com 3 animais sob tutela do grupo. Os demais animais foram adotados.

Por não possuírem uma sede fixa, os animais resgatados ficam sob os cuidados de algum integrante do grupo em um "lar temporário".

Esse lar temporário geralmente é a casa de algum dos 7 integrantes da associação, além de simpatizantes da causa animal, e seguidores da página que desejam adotar um pet.

Todo o resgate e acolhimento dos animais são realizados através de um protocolo padrão:

Primeiro é feita uma vaquinha para custear as despesas médicas. Essa vaquinha é divulgada no perfil oficial do projeto. Logo após, os integrantes procuram um lar temporário para o animal ficar enquanto passa pelo tratamento médico, ou até mesmo consegue encontrar um novo tutor através da adoção, dependendo do caso.

Devido a pandemia do covid-19, as doações diminuíram, e consequentemente os novos resgates de animais foram impossibilitados.

Como ajudar?

O grupo realiza eventos, como os bazares solidários para arrecadar dinheiro dos procedimentos e demandas dos animais.

Toda as ações realizadas, são divulgadas no perfil das redes sociais.Quem quiser contribuir com a causa, através de doações, e conhecer mais a respeito da associação é só acessar o perfil @protetorasarapiraca: https://instagram.com/protetorasarapiraca?utm_medium=copy_link

O contato para esclarecer dúvidas, doações, ou adoções, é feito pelo direct do Instagram da associação.