Olaf Scholz assume como novo chanceler da Alemanha
Após votação, futuro primeiro-ministro foi recebido pelo presidente
Nesta quarta-feira (8), Olaf Scholz se tornou o novo primeiro-ministro da Alemanha, substituindo Angela Merkel, que ocupou o cargo durante 16 anos. Ele foi oficialmente eleito pelo Bundestag – o Parlamento alemão – e a transferência de poder aconteceu na sequência.
Scholz teve 395 dos 736 votos dos deputados porque seu partido, o Social Democrata (SPD), foi o mais votado nas eleições parlamentares de setembro, e conseguiu uma coalizão tripla, com os Verdes e o Partido Democrático Liberal (FDP).
Após a votação, Scholz, usando uma máscara, recebeu aplausos e um buquê de flores dos líderes dos diferentes grupos parlamentares do parlamento.
Após a eleição pelos deputados, o futuro chanceler foi recebido pelo presidente, que entregou a "ata de nomeação", o que estabelece o início oficial de seu mandato de quatro anos.
Ele retornou ao Bundestag, onde prestou juramento ao cargo, antes de seguir para a sede da chancelaria para a transferência de poder.
Com a posse de Olaf Scholz, a centro esquerda retornará ao poder na Alemanha pela primeira vez desde o governo de Gerhard Schröder (chanceler de 1998 a 2005).
Ponto de partida
"Quero que estes anos signifiquem um novo ponto de partida", declarou Scholz à revista alemã Die Zeit. Ele disse que deseja aplicar a "maior modernização industrial" da história recente, "capaz de parar a mudança climática provocada pelo homem".
Scholz também promete um governo com política pró-Europa, com o objetivo de "aumentar a soberania estratégica da União Europeia" e defender de maneira mais eficiente "os interesses europeus comuns".
Igualdade nos ministérios
O novo governo alemão terá pela primeira vez o mesmo número de homens e mulheres e estas ocuparão ministérios fundamentais, anunciou Scholz na segunda-feira.
Alemanha terá um epidemiologista como ministro da Saúde
"Estou particularmente orgulhoso de que as mulheres agora estarão a partir de agora à frente de ministérios que tradicionalmente não eram ocupados por elas", declarou.