Homem procura irmã em SP apenas com dedicatória que ganhou de presente há 35 anos
Única lembrança que Natalício Firmino, de 45 anos, tem da irmã mais velha é uma foto antiga com dedicatória,
"Do fundo do meu coração para o meu querido irmão", escreveu Célia Cris Martins Firmino há 35 anos, no verso de uma fotografia dela própria. O recado foi entregue a Natalício Firmino, hoje com 45 anos, que ainda guarda a única lembrança que tem da irmã. Ele sonha em, um dia, conseguir reencontrá-la.
Eles se viram uma única vez, na Paróquia Santo Antônio, no bairro Boqueirão, em Santos, no litoral de São Paulo, em 13 de novembro de 1985. Os irmãos se encontraram rapidamente e, em seguida, a meia-irmã foi embora com a mãe dela.
"Até então, eu não sabia que ela existia, e nosso encontro foi bem rápido. Eu era muito novo, tinha acabado de descobrir que tinha uma irmã", recorda. Minutos após se cumprimentarem, e Natalício receber a foto com dedicatória da irmã, a menina foi levada embora pela mãe, e eles nunca mais se reencontraram. "Fiquei sem entender muito bem", lembra.
Em entrevista ao g1, o servidor público, que hoje vive em Praia Grande, revelou que sempre a procurou. "Depois desse encontro, nunca mais tive contato, porque a família do meu pai não conhecia muito bem a mãe dela". Segundo Natalício, a menina nasceu antes de o pai se relacionar com a mãe dele.
"Naquela época, ainda não tinha internet. Eu não sabia como procurá-la". Natalício conta que chegou a perguntar sobre a meia-irmã para um tio distante, que contou que ela e a mãe teriam se mudado para Brasília (DF). "Essa foi a única notícia que eu soube dela, em meados de 2001".
A mãe dele nunca o encorajou a procurar pela meia-irmã. "Passei a adolescência sem saber como encontrá-la". Com o surgimento do antigo Orkut, Natalício começou a procurá-la pelo nome, e também em sites de pessoas desaparecidas, mas não teve sucesso.
"Procurei até em lista telefônica. Achei alguns nomes parecidos na região de Brasília, mas nenhuma batia com a história. Sigo procurando. Estou na esperança de que, se ela estiver viva, eu consiga encontrá-la".
Firmino revela que não sabe nada sobre a meia-irmã, como o lugar onde ela vive, idade ou profissão, mas diz que segue procurando-a, na esperança de estabelecer uma relação com ela e recuperar o tempo perdido. "Quero que ela saiba que nunca deixei de procurá-la”, finaliza.