Polícia

Empresário arapiraquense acusado de atropelar e matar policial pede à Justiça para voltar a dirigir

Ministério recomendou o indeferimento do pedido

Por 7Segundos com Gazetaweb 08/01/2025 06h06 - Atualizado em 08/01/2025 06h06
Empresário arapiraquense acusado de atropelar e matar policial pede à Justiça para voltar a dirigir
Soldado Cibelly tinha 31 anos e era praticante de ciclismo - Foto: Cortesia

O empresário Édson Lopes da Rocha, acusado de dirigir alcoolizado, atropelar e matar a policial militar e ciclista Cibelly Barboza Soares, em outubro de 2023, solicitou à Justiça a permissão para voltar a dirigir. A tragédia também deixou o noivo da vítima, o também policial militar Gheymison Nascimento Porto, gravemente ferido. 

Desde o incidente, o empresário está com a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) suspensa. No entanto, nesta semana, ingressou com pedido judicial para retomar a condução de veículos automotores, com restrições de horário entre 7h e 19h, em dias úteis, exclusivamente para fins laborais. 

A defesa de Rocha sustenta que a suspensão irrestrita de sua CNH impacta severamente sua atividade profissional e compromete suas responsabilidades como chefe de família. “O deslocamento por meio de veículo automotor é essencial para o desempenho de suas funções como empresário”, argumentaram os advogados no pedido. 

Contudo, o Ministério Público de Alagoas (MP-AL) manifestou-se contrário à solicitação, afirmando que o réu não comprovou que sua atividade profissional depende da condução de veículos. “Ele pode utilizar aplicativos de mobilidade urbana, transporte público ou caronas para deslocar-se diariamente”, argumentou o órgão ministerial. 

O MP-AL reforçou ainda a gravidade do caso: “Há indícios contundentes nos autos de que este, na direção de veículo automotor, com as capacidades psicomotoras comprometidas pela ingestão de bebidas alcoólicas, atropelou duas pessoas, causando lesões gravíssimas em uma delas e o falecimento da outra. A suspensão do direito de dirigir é medida adequada à preservação da ordem pública.” 

O juiz responsável pela análise do caso intimou os advogados que fazem a assistência de acusação para apresentarem parecer sobre o pedido de Rocha. Apenas após essa etapa, a decisão judicial será tomada.