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Prefeitura suspende barraca onde turistas foram agredidos na praia em Porto de Galinhas

Polícia diz ter identificado 14 pessoas envolvidas na agressão, mas não confirma quantos serão indiciados e por quais crimes

Por Veja 30/12/2025 16h04
Prefeitura suspende barraca onde turistas foram agredidos na praia em Porto de Galinhas
Turistas são agredidos na praia de Porto de Galinhas, em Ipojuca (PE), após desentendimento sobre preço de aluguel de cadeiras - Foto: Reprodução / Redes Sociais

A prefeitura de Ipojuca (PE) suspendeu por uma semana a licença comercial da barraca de praia em Porto de Galinhas onde um casal de turistas foi violentamente espancado no último sábado, 27.

Além da suspensão temporária, a prefeitura determinou ao estabelecimento que afaste do serviço os garçons e atendentes envolvidos na agressão até que as investigações sobre o caso sejam concluídas. A administração informou, ainda, que reforçou o efetivo da Guarda Municipal na orla de Porto de Galinhas e que serão intensificadas ações de fiscalização contra venda casada, exigência de consumação mínima nas barracas e atuação de “flanelinhas” na região.

O episódio ocorreu no final de semana após um desentendimento entre o casal Johnny Andrade e Cleiton Zanatta, de Cuiabá, e o atendente de uma barraca que aluga cadeiras de praia e guarda-sóis na na região. Segundo as vítimas, o comerciante havia informado inicialmente o valor de 50 reais pelo serviço, mas posteriormente tentou cobrar 80 reais, afirmando que havia a exigência de uma consumação mínima no estabelecimento.

Quando o casal se recusou a pagar o preço mais alto, a discussão escalou rapidamente para agressão por parte do comerciante e uma multidão se formou e passou a espancar os turistas. . As vítimas tentaram se proteger subindo em uma caminhonete e foram socorridas por salva-vidas no local, mas Johnny sofreu ferimentos graves no rosto e no corpo e precisou de atendimento médico.

Em coletiva de imprensa na última segunda-feira, 29, a Polícia Civil de Pernambuco informou que quatorze pessoas envolvidas na agressão já foram identificadas e sinalizou que serão indiciadas, mas não confirmou qual seria o número real de agressores ou por quais crimes específicos eles responderão. O casal afirma que foi vítima de homofobia durante o episódio — já os comerciantes locais, em vídeo divulgado nas redes sociais, rejeitam as acusações de motivação homofóbica, negam que houve tentativa de cobrar valores adicionais e alegam que os turistas estavam embriagados no momento da discussão.