Nota do Vasco classifica como “inaceitável” acordo do Maracanã
Clube contesta parceria entre Flamengo e Governo do Rio de Janeiro
A diretoria do Vasco segue protestando contra a decisão do Governo do Estado do Rio de Janeiro de ceder a gestão do Maracanã para Flamengo e Fluminense. Na manhã deste sábado, foi divulgada uma nota oficial assinada por todos os poderes do clube de São Januário que, classifica o acordo como “inaceitável”.
Na tarde desta sexta-feira, o Cruz-maltino já havia entrado na Justiça nesta sexta-feira com um pedido de mandado de segurança para tentar anular a decisão. Na ação, o Vasco afirma que o acordo firmado entre o Governo Estadual e os dois clubes é ilegal e abusivo. A solicitação do Vasco será analisada pela juíza Mirela Esbisti, da terceira vara da Fazenda Pública.
Confira a seguir a nota divulgada pelo Vasco
O Club de Regatas Vasco da Gama, através de seus Poderes instituídos, entende que o manifesto apresentado pelo Grande Benemérito Luís Fernandes à Justiça do Rio de Janeiro atende aos anseios e direitos fundamentais do nosso Clube. Tal manifesto foi examinado no dia 11 de abril, em primeiro grau, no que tangencia ao precipitado e inaceitável acordo celebrado pela gestão do Maracanã. O Clube informa ainda ter entrado com um mandado de segurança com o objetivo de anular o processo de concessão do Maracanã. A ação impetrada atende não só aos interesses do Clube, mas, sobretudo, da população do Rio de Janeiro. Não há justificativa para a concessão, de forma açodada, de um patrimônio público e histórico a uma agremiação esportiva em detrimento de suas congêneres.
Ressalte-se que a concessão do Maracanã, nos termos impostos pelo governo do Rio de Janeiro, representa uma violação do princípio do “fairplay” esportivo, beneficiando de forma descabida e injusta um clube competidor com a administração privada da principal arena pública de futebol no Estado. Não parece razoável que o Poder Público seja árbitro ou regulador da balança de forças do futebol no Rio de Janeiro, interferindo diretamente na capacidade competitiva deste ou daquele Clube.
Espera-se que, diante da decisão oferecida pela Justiça do Rio de Janeiro, no sentido de apresentar prazo para que o Governo justifique tal açodamento, sejam encontrados caminhos para soluções que contemplem não apenas os grandes clubes, mas o interesse público mais amplo da comunidade do nosso Estado.