Astrônomos encontram super-Terra mais massiva e densa já vista
Investigação fornece evidências que vão ajudar os astrônomos a compreender o processo de formação dos planetas
Uma pesquisa do Instituto Carnegie para a Ciência revelou que uma estrela hospeda o que pode ser uma das super-Terras mais massivas e densas detectadas até então. O corpo celeste foi detectado a cerca de 100 anos-luz de distância da Terra na direção da constelação de Peixes (GJ 9827).
A investigação liderada pela cientista Johanna Teske fornece evidências que vão ajudar os astrônomos a compreender o processo de formação dos planetas. Os resultados foram publicados na revista científica 'Earth and Planetary Astrophysics' em novembro do ano passado.
Como explica o texto, a estrela GJ 9827 abriga três planetas, descobertos pela missão Kepler/K2 da NASA. Todos são maiores do que a Terra e de tamanho distinto de qualquer outro planeta do Sistema Solar, o que deixa os cientistas curiosos em relação às condições sob as quais eles se formam e evoluem.
Para compreender a história de um planeta, é essencial saber a sua composição. Os astrônomos obtém esse dado medindo a massa e o raio do planeta, determinando, assim a densidade. Fazendo isto, os especialistas notaram que os planetas com raios superiores a cerca de 1,7 vezes o da Terra têm um invólucro gasoso, como é o caso de Netuno. Os que possuem raios menores são rochosos, como o nosso planeta.
O trio descoberto é especial por abranger uma linha divisória entre super-Terra (rochoso) e sub-Neptuno (um pouco gasoso). Eles têm raios de 1,64 (planeta b), 1,29 (planeta c) e 2,08 (planeta d).
Utilizando o instrumento PFS (Planet Finding Spectrograph) foi possível identificar as massas dos três planetas com os dados previamente obtidos.
As observações indicam que o planeta b tem aproximadamente oito vezes a massa da Terra, o que o torna uma das super-Terras mais massivas e densas já descobertas.