"Tenho um marido, um noivo e dois namorados", diz adepta ao poliamor
Britânica Mary Crumpton já teve relacionamentos monogâmicos, mas não conseguiu se adaptar e se sentia culpada por isso, até conhecer o poliamor
Na esperança de que outras pessoas possam aderir ao mesmo estilo de vida, a terapeuta britânica Mary Crumpton, de 44 anos, resolveu compartilhar como é estar em uma relação de poliamor. Ela tem um marido, Tim, de 43 anos, um noivo, John, de 53 anos, e dois namorados, Michael, de 63 anos, e James, de 73 anos. Porém, no coração de Mary sempre cabe mais um, e ela está pensando em se relacionar com mais um parceiro mais jovem, cujo nome não foi divulgado, apenas a idade, 29 anos.
Mary diz que as pessoas costumam relacionar o poliamor a querer sexo com outras pessoas, mas não é isso
“Eu fui criada em uma casa tradicional. Eu tive namorados, e as relações eram monogâmicas. Ter mais de um parceiro nunca passou pela minha cabeça. Nos meus vinte e poucos anos, eu me casei e me estabeleci com a intenção de ficar com meu marido pelo resto da vida. Agora tenho um marido, um noivo e dois namorados”, conta a terapeuta adepta ao poliamor em entrevista ao jornal britânico “Manchester Evening News”.
"Na época, eu realmente não questionei do porquê de ter apenas um parceiro. Foi normal. Eu às vezes tinha sentimentos por outras pessoas, mas me sentia culpada por isso e assumi esse sentimento como um sinal de que não amava meu marido o suficiente”, desabafa. O casamento acabou não dando certo, ela separou e conheceu Tim, começou mais um relacionamento monogâmico e nesse meio tempo esbarrou com uma pessoa que vivia com mais de um parceiro.
“Eu nunca havia encontrado alguém assim antes, também não conhecia o termo ‘poliamor’, que significa ‘mais do que um amor’. Fiquei bastante chocada e curiosa sobre como tudo funcionava para eles”, fala a britânica, que foi se interessando cada vez mais pelo assunto. Em 2003, Mary sugeriu ao parceiro que eles deveriam tentar um relacionamento assim para que ela pudesse explorar a possibilidade de amar outra pessoa.
“Acho que para ele o pensamento era de que queria mais um parceiro sexual. Nós dois estávamos curiosos para ver como isso poderia funcionar para nós”, diz Mary. “Para mim, tudo isso é sobre amor. Claro que alguns dos meus relacionamentos envolvem relações sexuais, mas o sexo não é uma força motriz para mim”, acrescenta.
O tempo foi passando, e a relação poliamosa foi funcionando. Após nove anos de namoro, ela se casou com Tim e ficou noiva de John. Em 2015, o trio resolveu morar junto e este ano ela planeja se casar com John. Para ela, a melhor coisa de ter mais de um parceiro é que ela não precisa pressionar apenas uma pessoa para suprir todas as suas necessidades.
“Tim e John se dão bem, eu suponho que se sintam um pouco como irmãos, até andam de bicicleta juntos, por exemplo. Eles têm algo em comum, ambos me amam. Claro que os amigos brincam dizendo que eu preciso de dois homens para me manter em linha”, fala Mary. “Como em qualquer relacionamento, inseguranças podem surgir. Embora, de certa forma, haja menos ciúmes, talvez porque não tenho medo de que um parceiro me traia, pois não há necessidade, já ter outro parceiro é permitido.”
Mary garante que as pessoas que convivem com ela aceitam muito bem seu relacionamento poliamoroso . “As pessoas tinham muitas dúvidas e alguns membros da nossa família só queriam ter certeza de que estávamos todos felizes e que ninguém estava se machucando”, conta.

Não se resume a sexo
Com o tempo, outros homens foram agregando a relação e hoje ela possui mais dois namorados. “As pessoas às vezes me perguntam se isso significa que eu amo menos o meu marido ou qualquer um dos meus parceiros e digo que não. Teve mulheres que já disseram que eu sou uma 'devoradora de homens' e que posso tentar seduzir o marido delas – para ser honesta, isso só me faz rir”, afirma a terapeuta.
A britânica explica que os relacionamentos dela variam e adora isso, pois poder viver experiências diferentes. Como exemplo, ela cita que com um dos seus parceiros só acontece beijos e abraços. “As pessoas têm a ideia de que poliamor é tudo sobre sexo, o que não é o caso. Eu não faço nada que se resuma em uma noite. Eu geralmente espero, pelo menos, um mês ou mais antes de ter relação sexual com alguém que eu começo a namorar”, finaliza.
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