“É melhor mexer com a economia e preservar vidas”, diz infectologista sobre novo decreto em AL
Médico alerta para possível perda de eficácia da vacina caso doses não sejam aplicadas logo
Com a retomada da fase vermelha, anunciada pelo governador Renan Filho (MDB), nesta terça-feira (16), todo o estado de Alagoas enfrenta mais uma vez o drama vivenciado no início de março de 2020.
Entretanto, desta vez o estado encontra-se em uma situação mais sensível em relação ao ano passado, com 3.234 óbitos registrados até o momento e uma ocupação de 88% dos leitos de UTI no total, e 91% de ocupação dos leitos disponíveis na capital.
Analisando o cenário atual, o infectologista Marcelo Constant, defende as medidas restritivas propostas pelo novo decreto e afirma serem uma necessidade para frear a disseminação da Covid-19 em Alagoas.
“Qualquer medida restritiva, neste momento, apesar de ser antipática, é necessária porque a gente tá vivendo um dos piores momentos da pandemia. Pensavam que isso tinha acontecido ano passado, mas agora tá pior”, declarou.
Sem apresentar críticas ao Governo do Estado, o profissional afirma que evitar aglomerações e mexer na economia são as alternativas mais aceitáveis para o momento
“Eu apoio qualquer medida que seja para evitar aglomerações, apesar de ser extremamente antipático, assim como mexer com a economia, que é a preocupação do Bolsonaro. Mas acontece o seguinte, é melhor mexer com a economia e preservar vidas do que o contrário”, explicou.
Questionado se Alagoas deverá demorar para retroceder de fase, Marcelo prevê que este processo será lento e demonstra estar preocupado com a perda de eficácia das vacinas.
“Eu acho que vai demorar mais um pouco. Uma preocupação a mais na pandemia é a demora na disposição de vacinas para a população, somos 230 milhões de habitantes neste país e só 4% ou 5% da população recebeu a vacina, isso é altamente preocupante O vírus como todo e qualquer vírus, faz mutações e em uma dessas mutações é possível que a vacina perca a eficácia”

Apesar do tom alarmante, o Infectologista afirma estar apenas supondo uma possível reviravolta na eficácia das vacinas, alegando que atualmente ela continua a funcionar mesmo com a presença de variantes no Brasil.
“Estou apenas supondo que com o passar do tempo, se demorar muito, é possível. A gente já tá convivendo com mutações no país todo, então uma dessas mutações pode ser que aconteça de maneira tão profunda que a vacina já não atue, e aí vai ter que esperar uma nova vacina”, esclareceu.
Críticas ao Ministério da Saúde
Na sua visão, o país só deve conseguir vacinar a população brasileira até o próximo ano, e alega que o Governo Estadual vem fazendo o seu papel. Contudo, o médico teceu críticas à atuação do Governo Federal e do Ministério da Saúde no combate à pandemia.
“O Ministério da Saúde, sinceramente, não merece nem uma avaliação, porque eles não sabem nem o que estão dizendo, nenhuma proposta que o Governo Federal faz a gente leva a sério, porque eles não cumprem o que dizem, além de serem declaradamente contra o lockdown, isolamento e o uso de máscara, eles não podem servir de exemplo”, finalizou.
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