Brasil

Risco de contrair Covid é o mesmo 'com o jogo ou sem o jogo', diz Queiroga

Ministro da Saúde foi questionado na CPI da Covid sobre a segurança de realizar o torneio no Brasil em meio à pandemia

Por G1 08/06/2021 13h01
Risco de contrair Covid é o mesmo 'com o jogo ou sem o jogo', diz Queiroga
Ministro da Saúde, Marcelo Queiroga - Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom/ Agência Brasil

Questionado na CPI da Covid sobre a realização da Copa América no Brasil, o ministro da Saúde Marcelo Queiroga afirmou que o risco de se contrair a doença é o mesmo "com o jogo ou sem o jogo".

A Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol) anunciou na semana passada que o Brasil virou a sede da Copa América. As sedes anteriores, Argentina e Colômbia, desistiram. No caso da Argentina, devido à disparada da pandemia naquele país.

A transferência do torneio para o Brasil teve aval do governo federal. A decisão gerou críticas em razão de diversos especialistas estarem alertando para o início de uma terceira onda da pandemia no país.

"Não acontecendo público nos estádios, naturalmente, nós não teremos risco de aglomerações e de uma contaminação maior. De tal maneira que o risco que a pessoa tem de contrair a Covid-19 será o mesmo com o jogo ou sem o jogo. A doença é uma doença pandêmica. Nós corremos riscos, então, a ponderação é essa. Não estou assegurando que não há riscos, estou dizendo que não existe risco adicional", disse o ministro na CPI.

Queiroga afirmou ainda que, do ponto de vista epidemiológico, não há justificativa para a Copa América não ser realizada no país.

"Eu não vejo do ponto de vista epidemiológico uma justificativa que fundamente a não ocorrência do evento", afirmou o ministro.

Ele afirmou que jogadores e integrantes das comissões técnicas têm um seguro para garantir que sejam atendidos em hospitais privados. Segundo Queiroga, não haverá pressão sobre o sistema público.

"Todos os atletas têm seguros, se houver alguma sinistralidade eles vão usar o sistema privado, bem como os membros da comissão técnica. Então, isso não vai acarretar pressão sobre o sistema de saúde do Brasil", completou.