Rede Antena 7 entrevista estudante de Maceió que passou 17 meses presa injustamente
Maiara Alves da Silva foi acusada de estar envolvida em um latrocínio
O programa Alagoas Agora da Rede Atena 7 entrevistou, nesta segunda-feira (6), a jovem Maiara Alves da Silva, de 28 anos, presa injustamente em 2019 pelo crime de latrocínio, em Maceió. Na ocasião, a alagoana ofereceu detalhes sobre a sua vivência na prisão.
Em março de 2019, Maiara foi levada injustamente pela Polícia Civil, acusada de estar suspostamente envolvida no assassinato de um taxista ocorrido em 2014. A sua pena estaria avaliada em 24 anos de reclusão, se tivesse sido a responsável pelo crime. (confira o link para o podcast ao final da matéria)
“No dia dez eu estava em casa com os meus três filhos e a polícia chegou com um mandado de prisão para mim e eu fui encaminhada para a delegacia, sem saber o porquê e como o meu nome tinha chegado ao processo que eu estava sendo acusada, que era laticínio. Eu também estava sentenciada por 24 anos. Eu não tive oportunidade de me defender. Foi uma experiência que eu não desejo para ninguém passar", contou.
Questionada se teria de fato alguma relação com a verdadeira culpada de ter cometido o crime, Maiara disse compartilhar somente o primeiro nome.
“Na época em 2014 eu não morava em Maceió, eu morava em Arapiraca. Quando esse mandato chegou para mim, ninguém conseguiu encontrar ela. Por coincidência eu morava no mesmo bairro que ela, com diferença de poucas ruas”, explicou.
Além de aguentar a prisão, Maiara contou que no momento de sua prisão ela já estaria enfrentando um processo de separação com o seu antigo marido e por isso, a guarda de seus filhos precisou ser compartilhada com várias pessoas. Durante o seu período de reclusão, ela não recebeu a visita de seus filhos.
“Estava passando pelo processo de separação, estava com a minha filha mais nova de sete meses, meus filhos ficaram com a minha ex-cunhada, e como são três ela não tinha como ficar com todos, ai ela ficou com a mais nova. A minha filha mais velha ficou separada, com outra pessoa, junto com o meu mais novo”, relatou.
Para tentar sair dessa situação, Maiara apelou para tentar enviar cartas para o desembargador responsável pelo seu caso, contudo, suas tentativas foram frustradas. Foi somente quando teria contado a sua história para outra detenta, que a sua oportunidade de ter a sua inocência comprovada apareceu.
“Eu sempre deixava uma carta na minha dispensa, escrevi várias cartas para o desembargador na época, só que essas cartas nunca chegaram até ele. Eu conheci uma pessoa lá dentro, essa menina perguntou porque eu estava lá, eu contei minha história a ela e ela acreditou em mim. Eu não acreditava que ela acreditava em mim, com o passar do tempo, as pessoas não acreditam que possam ter pessoas inocentes lá"
Confira a entrevista completa no podcast da Rede Antena 7.
Veja também
Últimas notícias
Alemanha vai investir 1 bilhão de euros em fundo de florestas
Lula pode oficializar indicação de Messias ao STF nesta quinta
Estados e municípios têm R$ 1,9 bilhão de previdência no Banco Master
Após furacão Melissa, São Petersburgo anuncia envio de ajuda a Cuba
Luziápolis caminha para ser 100% pavimentada com apoio de Arthur Lira
Alunos de Maceió vivem experiência esportiva no Bear Games Nordeste
Vídeos e noticias mais lidas
“Mungunzá do Pinto” abre os eventos do terceiro fim de semana de prévias do Bloco Pinto da Madrugada
Família de Nádia Tamyres contesta versão da médica e diz que crime foi premeditado
[Vídeo] Comoção marca velório de primas mortas em acidente de moto em Arapiraca: 'perda sem dimensão'
Tragédia em Arapiraca: duas mulheres morrem em acidente no bairro Planalto
