Quem é o teólogo que disse que Jesus sofreu abuso sexual?
Declaração deixou a comunidade cristã revoltada.

Uma declaração feita por um teólogo deixou a maioria dos cristão revoltados. Trata-se da fala do inglês David Tombs, 57 anos, que defende a tese de que Jesus Cristo foi vítima de abuso sexual antes de ser crucificado.
Relacionando os maus-tratos a prisioneiros da era romana e práticas de ditaduras latino-americanas, o teólogo estuda a dimensão sexual da tortura e propõe nova postura das igrejas cristãs, de acordo com matéria da Folha de S. Paulo.
David mora na Nova Zelândia, e há 23 anos trabalha com duas perguntas: o que significam os três momentos em que Jesus Cristo é publicamente despido, antes da crucificação? E por que isso importa?
“Então Pilatos, querendo satisfazer a multidão, soltou-lhe Barrabás e, açoitado Jesus, o entregou para ser crucificado. E os soldados o levaram dentro à sala, que é a da audiência, e convocaram toda a coorte [unidade militar romana com 500 soldados]. E vestiram-no de púrpura, e tecendo uma coroa de espinhos, lha puseram na cabeça. E começaram a saudá-lo, dizendo: Salve, Rei dos Judeus! E feriram-no na cabeça com uma cana, e cuspiram nele e, postos de joelhos, o adoraram. E, havendo-o escarnecido, despiram-lhe a púrpura, e o vestiram com as suas próprias vestes; e o levaram para fora a fim de o crucificarem” (Marcos 15:15-20, versão Almeida).
Para o teólogo, tudo isso retrata que Cristo foi vítima de um abuso sexual: exposto em sua nudez, espancado e humilhado enquanto nu, em uma recreação sádica que contou com 500 soldados, entre participações diretas e olhares curiosos.
“São dois aspectos: o primeiro é o que o texto realmente fala. Vejo a nudez forçada de Cristo como uma forma de violência sexual, o que justifica chamá-lo de vítima de abuso sexual. Embora muitas pessoas tenham dificuldade de chamar a nudez forçada de violência sexual, tendo a crer que elas estão sendo desnecessariamente resistentes ao que o texto afirma”, diz Tombs.
Sobre o que ocorreu depois do desnudamento, Tombs diz: “Não sabemos ao certo, mas podemos levantar uma questão que não é meramente especulativa nem leviana, porque temos evidências de maus-tratos a prisioneiros da era romana e também perspectivas trazidas pelo contexto de outras torturas modernas, na documentação das ditaduras em El Salvador, Brasil, Argentina, Chile, Sri Lanka e Abu Ghraib (prisão do Exército americano no Iraque), por exemplo.”
David Tombs é professor de teologia e questões públicas na Universidade de Otago, em Dunedin, na Nova Zelândia. Em 1999, ele publicou o seu primeiro artigo sobre o tema, intitulado “Crucificação, terrorismo de Estado e abuso sexual”.
Este ano, o teólogo deve lançar um novo livro, em que consolida todo o seu pensamento.
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