Igreja Universal foi usada para lavar dinheiro da prefeitura do Rio, diz MP
Prefeito da capital carioca, Marcelo Crivella, é bispo licenciado pela IURD e tem forte ligação com a entidade
O Ministério Público Estadual do Rio de Janeiro (MP-RJ) afirmou ter encontro indícios de “bilionárias movimentações atípicas” da Igreja Universal do Reino de Deus (IURD). O órgão disse ainda que a entidade religiosa era utilizada para lavagem de dinheiro da administração do Rio.
A informação foi dada pelo G1 . A análise do MPRJ está em um documento com 262 páginas que foi assinado no dia 2 de setembro. O arquivo foi enviado pelo Subprocurador-Geral da Justiça de Assuntos Criminais e de Direitos Humanos, Ricardo Ribeiro Martins.
Segundo o portal, o sub-procurador cita um Relatório de Inteligência Financeira (RIF) do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (COAF). O relatório afirma que a igreja foi “objeto de comunicação em razão da identificação de movimentações financeiras de R$ 5.902.134.822,00”. As movimentações aconteceram entre maio de 2018 e abril de 2019.
O G1 diz ainda que o relatório reuniu dados sobre CNPJ’s ligados à IURD e movimentações sobre a entrada e saída de dinheiro vivo e de outras transferências bancárias. O documento não detalha como acontecia a lavagem de dinheiro.
Entretanto, o sub-procurador destaca a existência de provas e a ligação do prefeito do Rio, Marcelo Crivella (Republicanos) com a igreja. O mandatário da capital carioca é bispo licenciado pela IURD e teve sua campanha coordenada por Mauro Macedo, primo de Edir Macedo, o fundador da entidade.
Além do que foi pontuado no relatório, a coleta de mensagens de aparelhos celulares também são indícios do crime, segundo o sub-procurador. Vale mencionar que registros de movimentações atípicas em um RIF do COAF não configuram, necessariamente, um crime.
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