O criminoso Marcos Willians Herbas Camacho, conhecido como Marcola, líder da facção Primeiro Comando da Capital (PCC), disse que votará no ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas eleições deste ano, mesmo considerando o petista "pilantra" e "ladrão". Segundo Marcola, caso Lula seja eleito, poderia tornar a vida dele na prisão mais fácil.

Os aúdios, supostamente obtidos pela Polícia Federal de uma conversa que Marcola teve com um comparsa em 2021, quando estava preso no Complexo Penitenciário da Papuda, no Distrito Federal, revelam que o criminoso assumiu preferência por Lula por considerar que Bolsonaro é pior para o PCC.

Marcola já recebeu penas que somam 342 anos de prisão. A última condenação dele ocorreu em março de 2022, por associação a organização criminosa. Como já tem condenações definitivas, ele não vota nas eleições.

"Para nós o Bolsonaro é pior […] O Lula é ladrão mesmo, pilantra entendeu… Só que é o seguinte, irmão. Essa fita do Covid mesmo, o Bolsonaro deu uma mancada. Bolsonaro é parceiro da política, da milícia. Cara é sem futuro. O Lula também é sem futuro, só que entre os dois, não dá nem para comparar um com o outro", disse Marcola.

"Todo mundo sabe que o Lula é ladrão. Tem que sair fora mesmo desse arrombado aí [Bolsonaro]. Ele e os filhos dele", completou o criminoso.

Nas conversas, Marcola reclama que o Supremo Tribunal Federal (STF) proibiu visitas íntimas em presídios, mas diz que isso pode mudar caso Lula seja eleito. "A gente perdeu, mas foi o PT que fez, tá ligado. Quer dizer… se o Lula ganhar, dá para ir para cima desses caras aí pedindo alguma coisa".