Mãe que matou bebê Ana Beatriz pode ter mantido corpo refrigerado antes da polícia encontrar
Segundo o laudo, corpo estava em um estado de conservação que não condiz com o tempo em que a pequena teria permanecido no local
A Polícia Civil de Alagoas (PCAL) concedeu entrevista coletiva, nesta quinta-feira (8), para detalhar a conclusão das investigações sobre a morte da bebê Ana Beatriz, ocorrida no município de Novo Lino, interior de Alagoas. De acordo com os delegados, com encerramento do inquérito Eduarda Silva de Oliveira, mãe da criança, está sendo indiciada pelo crime de homicídio qualificado.
Um detalhe que chamou a atenção foi o resultado do exame cadavérico da bebê, que comprovou não ser possível que a criança tenha permanecido, durante os quatro dias em que esteve desaparecida, no mesmo local onde foi encontrada pela polícia.
Segundo o laudo do Instituto Médico Legal (IML), o corpo da pequena Ana Beatriz estava em um estado de conservação que não condiz com o tempo em que a pequena teria permanecido, já sem vida, dentro de uma sacola plástica, em um armário localizado nos fundos da casa da família. Isso levantou a suspeita de que a autora do crime poderia ter conservado o corpo da filha em local refrigerado e, posteriormente, a colocado no local onde foi encontrada pela polícia.
Com o encerramento do inquérito, pela PC, destino da autora do crime, que segue detida no sistema prisional, fica nas mãos do Ministério Público de Alagoas (MPAL) e do Tribunal de Justiça (TJ). Eduarda Silva de Oliveira está sendo indiciada pelo crime de homicídio qualificado. A polícia identificou, ainda, três qualificadoras: motivo fútil, a forma como ela matou a criança - por asfixia, e a impossibilidade de chance de defesa da vítima.
Ainda de acordo com os delegados responsáveis pelas investigações, a mãe de Ana Beatriz segue sustentando a versão de que teria agido sozinha. Entretanto, o fato dela ter, possivelmente, ocultado o corpo da bebê em outro local, pode ser o indicativo de que outras pessoas possam estar envolvidas no crime. A polícia seguirá investigando se houve ou não envolvimento de outras pessoas na morte da criança.
Depressão pós parto
Durante a coletiva os investigadores informaram, ainda, que não receberam os laudos dos exames que investigam se a acusada teria agido devido uma possível depressão pós-parto, o que, caso seja confirmado, deverá alterar a tipificação do crime de homicídio qualificado para infanticídio.
Os delegados esclareceram que, caso os laudos tragam essa comprovação em um segundo momento, o indiciamento será modificado e, a pena da mãe da criança, deverá ser, então menor, já que o crime de infanticídio possui uma pena bem menor que a de homicídio qualificado, que pode chegar até 30 anos de prisão.
Outras acusações
Eduarda Silva de Oliveira deverá responder, ainda, por outros crimes como: falsa comunicação de crime e ocultação de cadáver.
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