O sistema de saneamento da maior cidade do interior alagoano ainda não funciona como deveria. Apesar de ter quase toda a rede instalada, o setor principal do sistema – chamado coletor tronco – não tem sequer a metade de sua extensão concluída em Arapiraca, conforme informou o engenheiro civil e Secretário Municipal do Desenvolvimento Urbano e Obras, Daniel Oliveira, ao repórter Cláudio Barbosa.

“Nós hoje estamos com a rede quase 100% pronta, mas o coletor tronco não chegou em Arapiraca, está parado nas imediações da Canafístula. Quando se faz o saneamento da estação para cidade, onde o coletor tronco vai passando vai se dando funcionalidade, as casas vão fazendo as suas instalações”, explicou Oliveira sobre o investimento em saúde pública iniciado há mais de uma década.

“A prefeitura, a partir de 2017, está tentando correr contra o tempo para solucionar todos os problemas detectados e um deles é o saneamento de Arapiraca. De uma forma bem simples de se falar, ele foi feito de trás pra frente. A estação de tratamento também está praticamente pronta, mas o principal instrumento do saneamento de Arapiraca, que se chama coletor tronco, tem o mínimo de execução, de 20% a 30%”, lamentou o Secretário de Obras.

Daniel Oliveira informou ainda que, para levar o coletor tronco da Canafístula para o Centro da cidade, será preciso fazer uma passagem de nível nas proximidades do Posto Divan.

Na mesma entrevista, o secretário destacou o esforço administrativo do Prefeito Rogério Teófilo para resolver pendências com empresas que deveriam executar obras no município, inclusive de recuperação do asfalto das vias públicas.

A auditoria nos contratos firmados antes da atual gestão acontece na Controladoria Municipal, sendo que alguns contratos já foram liberados, mas outros precisaram ser encaminhados para a Procuradoria Municipal por necessidade de avaliação aprofundada.

Apesar da demora inerente aos procedimentos burocráticos e os transtornos causados pelo excesso de chuvas, Daniel Oliveira coloca o pessoal da pasta para trabalhar. “Hoje estamos com equipe de manutenção de vias em campo, estamos fazendo – dentro do possível – o tapa-buracos com asfalto e a recomposição em paralelo. E se a Procuradoria autorizar, a recomposição asfáltica será feita com recursos próprios”, disse sobre o procedimento anunciado pelo governo nesta quinta-feira (13).

Daniel Oliveira pediu que a população informe a demanda para a Secretaria de Obras, procura que será atendida conforme critério de urgência da programação feita pela pasta. “Um após o outro, nós vamos atender a todos os pedidos”, afirmou, frisando a carência de máquinas para recuperação de vias, principalmente as chamadas de ‘corredores de ônibus’, deficiência que será corrigida por meio de licitação para contratar equipamentos, concluiu o secretário.