Uruguai pede reunião do Mercosul para discutir reforma trabalhista brasileira
"Não vamos interferir na legislação interna dos países, mas queremos marcar preocupações, porque assim vai ser muito difícil competir", disse
Demonstrando grande preocupação, o Uruguai pediu para que o Brasil convoque uma reunião do Mercosul para discutir os detalhes da reforma trabalhista que o governo está implantando. Os ministros Rodolfo Nin Novoa, de Relações Exteriores, e Ernesto Murro, do Trabalho comentaram o tema nessa terça-feira (15) reforçando que o mesmo precisa ser debatido.
"Não vamos interferir na legislação interna dos países, mas queremos marcar preocupações, porque assim vai ser muito difícil competir", disse Novoa. "O salário dos trabalhadores não pode ser a variável de ajuste para a concorrência nos mercados", acrescentou.
O governo uruguaio está preocupado com a reforma trabalhista brasileira, prevista para entrar em vigor nos próximos 120 dias, que pode prejudicar a dinâmica do Mercosul por ser uma opção estratégica para competir no mercado internacional por meio da redução de direitos dos trabalhadores.
"Sem nos intrometermos com os assuntos internos do Brasil, temos visto que há um projeto que leva a uma precarização dos direitos dos trabalhadores", afirmou Novoa. "O Uruguai se preocupa porque é uma maneira de contribuir para evitar a queda dos direitos trabalhistas, que nós sempre tentamos evitar. Não vamos nos intrometer na legislação interna dos países, mas queremos demonstrar preocupação", completou.
Murro também reforçou a preocupação do governo. "Se vale mais um acordo individual entre um trabalhador e um empresário do que uma lei ou um convênio, retrocedemos dois ou três séculos", criticou. "Se no Mercosul temos que respeitar distintos direitos e obrigações, também precisamos respeitar direitos sociais e trabalhistas", completou o ministro.
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