Chuvas podem quebrar recorde histórico em Arapiraca
Aumento gera economia na agricultura e fortalecem pecuária no Agreste
Imagine que toda a extensão territorial de Arapiraca – cerca de 350 quilômetros quadrados – fosse uma cisterna. Sem qualquer tipo de vazamento, o gigantesco reservatório teria hoje água armazenada em quantidade que alcançaria um metro de profundidade da cisterna imaginária.
A ilustração tem a ver com a quantidade de água que caiu das nuvens sobre o município de Arapiraca desde o início do ano.
De acordo com dados da Secretaria Municipal de Agricultura, do primeiro dia de janeiro de 2017 até o final da semana passada, a capital do Agreste foi abençoada com mil e sete milímetros de chuvas.
“Desde que foi iniciado, o registrosdo índice pluviométrico - isso em 1970 -, o ano mais chuvoso em Arapiraca foi 2007, quando chegamos a 1.444 milímetros. Não se fala se teremos muita chuva até dezembro, fora as pancadas esporádicas da primavera e do verão, mas não é impossível que isso aconteça”, comentou Roberto Amaral, secretário de agricultura de Arapiraca.
Independentemente de quebra ou não de recorde, o inverno generoso já faz muita diferença no município com forte predominância da agricultura familiar.
Nos últimos cinco anos, produtores de hortaliças recorreram à irrigação antes mesmo do início do verão para manter a fonte de renda, o que não acontece agora. Isso significa mais economia para o trabalhador rural.
“O ano passado choveu apenas 540 mm, muitos poços secaram e este ano já temos quase o dobro de chuvas, está sendo muito bom para a nossa produção de hortaliças e para fruticultura também”, comemora Amaral.
Como representante do poder público municipal, ele informa que a prefeitura atua como articuladora de parcerias que colaborem para o desenvolvimento do campo, inclusive no setor da pecuária.
“As chuvas combinadas com dias de sol fazem a pastagem se desenvolver rapidamente. Arapiraca tem hoje 19 mil cabeças de gado, dados atualizados da Adeal, já estamos entre os maiores rebanhos do Agreste”, informa o secretário.
Para melhorar a condição do gado, Roberto Amaral destaca parcerias que viabilizem transferência de tecnologia e melhoramento genético do rebanho para impulsionar mais um setor da economia arapiraquense.