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Progresso de Arapiraca desenvolve segunda região metropolitana de Alagoas

Por 7 Segundos Arapiraca com Prefeitura de Arapiraca 31/10/2017 15h03
Progresso de Arapiraca desenvolve segunda região metropolitana de Alagoas
Arapiraca se prepara para sua expansão econômica - Foto: Divulgação

Arapiraca aparece em importantes publicações de circulação nacional, como as revistas Veja e Exame, como “metrópole do futuro”. E não é exagero. Com apenas 93 anos de emancipação política, a população tem crescimento exponencial, década após década. Depois de anos de dependência da cultura do fumo, que a tornou célebre em todo país, Arapiraca hoje sedia a segunda região metropolitana de Alagoas.

Sua importância não se traduz apenas em densidade demográfica. Seu acelerado crescimento econômico está diretamente ligado ao espírito empreendedor de sua gente. E não se trata de um dado subjetivo.

Dados oficias apontam que a cidade é uma das campeãs na abertura de novas empresas, de pequeno, médio e grande porte. Sua força comercial atrai moradores do Agreste, Baixo São Francisco e do Sertão alagoanos, sem falar de sergipanos, baianos e pernambucanos que também consomem no mercado local.

Com posição geográfica privilegiada, é rota das principais distribuidoras nordestinas, sem falar da centrais de distribuição que têm sua origem e sedes no próprio município. Os números positivos da economia colocam Arapiraca entre as cidades de médio porte com maior potencial de consumo do país.

Uma pesquisa feita pela empresa de consultoria norte-americana McKinsey, mostra uma desaceleração no consumo dos grandes centros urbanos brasileiros, quando se refere ao setor de varejo. O contrário se observa nas cidades do interior com mais de cem mil habitantes. No contexto da pesquisa, Alagoas aparece em segundo lugar, entre os Estados onde há maior crescimento nas vendas, com uma expectativa de aumento de 186% entre 2010 e 2020.

Nesse período, espera-se que as vendas cheguem a R$ 16 bilhões de reais ao ano. Arapiraca é considerado o motor desse desenvolvimento no Estado. Em dez anos, a expectativa é de que o consumo cresça 12%, mais do que a capital, Maceió, que aparece com crescimento de 10%.

Tal posição atrai também investimentos na área imobiliária, com a construção de prédios comerciais e residenciais, mas principalmente com o grande número de loteamentos residenciais que são lançados quase mensalmente. As pessoas que nascem ou resolvem mudar para Arapiraca, portanto, esperam muito da “Terra de Manoel André”, espécie de oásis agrestino que promete tanto no futuro.

É aí que começam a surgir os questionamentos e, principalmente, os problemas que envolvem uma cidade com expectativas tão grandes. Para o atual prefeito, o professor Rogério Auto Teófilo, o tamanho do sonho é proporcional ao enorme desafio de romper os obstáculos e fazer jus às profecias de especialistas e institutos de pesquisa.

Quando Teófilo se refere aos problemas a serem enfrentados, foca principalmente em questões que desafiam a maior parte dos municípios brasileiros que sofrem a falta de recursos para investimentos e com cortes cada vez maiores nos repasses federais.

Questões como saúde, saneamento, segurança e falta de oportunidades de trabalho, principalmente para os jovens, ameaçam o futuro de Arapiraca.

“Para afastar esses fantasmas, temos que apostar no planejamento. Sem planejar é impossível avançar em qualquer setor. Mas para isso precisamos organizar a casa, realizar planos e definir metas setorialmente. Confio na minha equipe, mas fui buscar o apoio das universidades públicas e privadas, além da consultoria da Fundação Getúlio Vargas (FGV), referência internacional em gestão pública”, pontua o prefeito.

Para receber o futuro, Rogério Teófilo também aposta na tecnologia, com a adoção de sistemas informatizados que estão colocando Arapiraca no século XXI e a inteligência de dados.

“Todas as secretarias e órgãos estarão interligados e um moderno sistema de monitoramento e governança vai nos oferecer os números da administração pública em tempo real. Desde a folha de pagamento, passando pelos estoques de medicamentos e merenda, até a ponta, ou seja, os profissionais lotados em todas as unidades, tudo será mostrado de forma transparente para que a população possa cobrar diretamente ao prefeito”, explica.

Na prática, segundo o prefeito, médicos e enfermeiros de uma unidade de saúde, por exemplo, terão suas escalas de trabalho disponíveis à população, assim como professores, técnicos das mais diversas áreas e de todos os níveis.

“A minha prioridade é atender aos 240 mil arapiraquenses. Eles vão ser meus principais fiscais. A partir de denúncias feitas pela população vamos coibir abusos e evitar distorções. Mas também vamos premiar os bons servidores, através de uma valorização que começa na folha de pagamento paga impreterivelmente em dia, mas também com capacitações e reconhecimento público”, conclui Teófilo.

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a população de Arapiraca é majoritariamente jovem, na faixa dos 10 anos aos 24 anos, e a expectativa de vida aumenta a cada ano. Os desafios com a juventude começam com a saúde e a educação, mas passam também pelo desenvolvimento econômico, para atrair novos empreendimentos, e pela infraestrutura, para mantê-los em condições de implantação e expansão.

O futuro da Júlia, nossa personagem símbolo, depende desses acertos. Filha da comerciante Larissa Liberato e do motorista César Sampaio, ela nasceu em um lar cujos pais estão empregados e possuem bom nível de escolaridade. Moradora do bairro Brasília, a família acredita no futuro, mas sabe que precisa ter os pés fincados no presente. O século XXI e suas revoluções tecnológicas, também está sendo marcado por uma indefinição em todos os níveis e em escala mundial. Um mundo que precisa cada vez mais de assertividade por parte de governantes e governados.

Para o professor israelense Yuval Noah Harari, autor de obras que se tornaram bast-sellers em tempos sombrios, “ninguém consegue absorver todas as recentes descobertas científicas, ninguém é capaz de predizer qual será o aspecto da economia global daqui a dez anos, e ninguém tem uma pista de para onde estamos indo nessa correria desabalada. Como ninguém compreende o sistema como um todo, ninguém pode fazê-lo parar”.

E o poeta já dizia que “o tempo não para”. Tudo que pode ser feito é respeitar suas fases e entender suas necessidades. Cuidar das pessoas é a escolha de Arapiraca. É o que município tem a oferecer à pequena Júlia e a todas as crianças que vão dominar este século aqui no Agreste de Alagoas e em todo o mundo.