Nivaldo e Antônio Albuquerque são acusados de agredir tenente-coronel da PM

Circula nas redes sociais desde as primeiras horas desta segunda-feira (27) um boletim de ocorrência da Polícia Civil onde o tenente-coronel da Polícia Militar, Pantaleão Ferro, 45 anos, acusa o deputado estadual Antônio Albuquerque e o deputado federal e filho de AA, Nivaldo Albuquerque, de agressão contra o militar.
O fato aconteceu no domingo (26), na Fazenda Santa Rosa, localizada na zona rural do município de Belém, no Agreste de Alagoas. “Era umas 19h e estávamos tomando café para ir a um leilão no povoado Cabeça Dantas, em comemoração à padroeira”, descreveu Pantaleão ao 7 Segundos.
De acordo com o relatado à polícia pelo tenente-coronel e comandante do 2º Batalhão da Polícia Militar de União dos Palmares, ele estava conversando com a deputada estadual Jó Pereira e seu esposo, identificado como André, quando se afastaram com a chegada de Albuquerque, que se aproximou de Pantaleão e passaram a conversar.
Tudo corria normalmente quando “Nivaldinho” chegou e a vítima disse, em tom de brincadeira, “aqui a conversa é de gente grande, não é de menino” e começou a dar risadas, visto que conhece o deputado federal desde criança, “quando ainda era levado nos braços”, contou ele à polícia.
Incomodado com a brincadeira, o deputado federal Nilvado Albuquerque respondeu, apontando o dedo na direção do rosto do militar: “eu sou deputado, me respeite”. O tenente-coronel explicou que não teve a menor intenção de diminuí-lo, falou do seu apreço pela família e ao lembrar que tinha uma foto do deputado Antônio Albuquerque na casa de seu pai, o deputado estadual respondeu “rasgue”, e em seguida desferiu um tapa no rosto do militar, que revidou.
De acordo com a queixa, neste momento a prefeita de Belém e proprietária da fazenda, Paula Santa Rosa, se aproximou e afastou os dois. Pantaleão Ferro chega a dizer que Nivaldo Albuquerque colocou a mão na cintura, fazendo menção em sacar uma arma, chegando, inclusive, a mandar a prefeita se afastar.
Revoltada, a vítima alegou ter dito “atire covarde, pessoa como você só atira em homem desarmado”. Foi quando o militar foi conduzido para o interior da residência e entrou em contato com o gabinete militar, Comando Geral e com o vice-presidente da Assembleia Legislativa, Francisco Tenório, que se dirigiu para o local.
Pantaleão Ferro só deixou a fazenda com o apoio do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) e prestou queixa na delegacia regional de Palmeira dos Índios. Ao falar com o comandante do 2º BPM, na manhã desta seguinda-feira (27), ele informou que vai comunicar formalmente o ocorrido ao Comando Geral da Polícia Militar, ao Conselho Estadual de Segurança Pública e ao Procurador Geral do Estado. “Vou pedir as medidas legais e segurança individualiza”, disse.
“Eu não sei o que passou na cabeça dele [do deputado], ficou descontrolado”, lamentou o tenente-coronel durante conversa com a equipe de reportagem do 7 Segundos. “Algumas pessoas se acham acima da lei, ele é uma dessas”, completou.
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