'Agradecer enquanto tenho saúde', diz Jorge Fernando após AVC
Em fevereiro de 2017, o diretor sofreu um AVC que o deixou com o lado esquerdo temporariamente paralisado e o afastou de suas produções
Jorge Fernando, 63, quer relembrar os tempos áureos. De volta à teledramaturgia com "Verão 90", a próxima novela das sete da Globo, o diretor pretende homenagear época em que ele "era o rei", dois anos após sofrer um AVC (acidente vascular cerebral).
"Vamos aprender a agradecer enquanto temos saúde, é a minha meta do momento", disse durante entrevista à imprensa e a influenciadores nesta sexta (30), no Rio de Janeiro, sobre a nova produção da Globo que vai ao ar em janeiro.
Lista numerada
Em fevereiro de 2017, o diretor sofreu um AVC que o deixou com o lado esquerdo temporariamente paralisado e o afastou de suas produções. Na época, ele dirigia "Vamp: O Musical", que estreou sob a supervisão do diretor-assistente Diego Morais.
"A gente é muito nariz em pé e quando a gente perde a dignidade, que é alguém ter que te dar banho, ter que te limpar, dá a sensação de que a gente perde muito tempo com críticas, ainda mais nesse universo de notícias, fica sempre a coisa ruim sendo mais interessante do que a coisa boa", afirma ele.
"Verão 90" contará a trajetória de três ex-astros mirins e suas mães, interpretadas por Claudia Raia e Janaína Dira Paes. Isabelle Drummond viverá Manuzita, ex-estrela de um programa de TV que forma um grupo musical infantil com os irmãos João (Rafael Vitti) e Jerônimo (Jesuíta Barbosa, em sua primeira novela) nos anos 1980, mas cai no esquecimento nos anos 1990.
Segundo Jorge e as roteiristas Izabel de Oliveira e Paula Amaral, a comédia romântica irá reconstituir o clima dos anos 1990 sem rigor excessivo na composição dos cenários ou com os fatos. Haverá, por exemplo, menção ao confisco do Plano Collor, que mudará a trajetória de alguns personagens, mas não ao impeachment.
Jorge afirma estar feliz com sua volta à TV e quer que a nova produção, leve e solar em sua definição, seja uma homenagem ao período de seu maior vigor artístico, ao lado de nomes como Silvio de Abreu.
"Nos anos 1990 eu era o rei, você vai me desculpar, mas aí eu marcava gol", diz ele, acrescentando que naquela época, porém, era mais inseguro. "Eu ia numa reunião dessas [com a imprensa] muito mais nervoso, agora não tem mais esse problema, já provei o que eu tinha que provar. Quero homenagear os anos 1990 com a minha vida, a minha volta."