Desembargador cassa liminar e prefeito de Maribondo deve voltar para a prisão
Leopoldo Pedrosa está cumprindo prisão domiciliar
O prefeito de Maribondo, Leopoldo Pedrosa (PRB), estava cumprindo prisão domiciliar desde a véspera de Natal do ano passado por tráfico de drogas. Pedrosa deixou a prisão preventiva e passou a ser monitorado por tornozeleira eletrônica e a cumprir medidas cautelares. A decisão é do presidente do Tribunal de Justiça de Alagoas (TJAL), desembargador Tutmés Airan. Porém nesta quarta-feira (11) o desembargador Washington Luiz D. Freitas revogou a decisão e pediu o restabelecimento da prisão preventiva.
Na decisão o desembargador aponta que é “importante destacarmos que o paciente Leopoldo César Amorim Pedrosa, tem em seu desfavor outro processo criminal (Autos nº 0700600-72.2019.8.02.0069, pelo porte ilegal de arma de fogo de uso permitido), denotando-se assim sua personalidade voltada à prática delitiva. Diante desses fatos, entendemos pela necessidade da custódia cautelar, pois ficou demonstrada com base em dados dos autos, a expressa necessidade de se garantir a ordem pública. […] Por fim, a substituição da prisão preventiva pela domiciliar não se presta a inibir a prática do crime de Tráfico de Drogas”.
“Pelo exposto, esta Procuradoria de Justiça Criminal manifesta-se no sentido de se tomar conhecimento do presente writ of habeas corpus, porém que seja cassada a referida liminar concedida em sede de Habeas Corpus na decisão de fls. 283/291, no sentido que seja restabelecida sua prisão preventiva”, continua a decisão.
Leopoldo Pedrosa foi preso em dezembro, em um bar na cidade de Arapiraca. De acordo com a Polícia Civil, havia um mandado de prisão contra ele por um homicídio. Com ele, foi encontrado uma pistola e quase 1kg de cocaína. Além do mandado relacionado ao homicídio, ele também foi autuado por posse ilegal de arma de fogo e tráfico de drogas.
Problemas com a Justiça
O prefeito tem problemas com a justiça desde antes assumir a prefeitura de Maribondo. Em 2008, quando era vereador, foi preso pela PRF em um posto de combustíveis e autuado em flagrante por porte ilegal de arma de fogo.
Também foi preso em 2013, em Maceió, por dirigir embriagado e portar documento falso. Na ocasião, ele foi parado pela polícia porque discutia fortemente com a então esposa, Meiry Emmanuella de Oliveira Vasconcelos, que depois o acusaria de violência doméstica, levando-o a terceira prisão.