Violência

Em Maravilha, acusado da morte de Beatriz cometeu outros estupros, segundo AME

Júlia Nunes, presidente da AME, afirma que há confirmação de pelo menos mais uma vítima do mesmo homem

Por 7Segundos 09/08/2020 17h05 - Atualizado em 09/08/2020 18h06
Em Maravilha, acusado da morte de Beatriz cometeu outros estupros, segundo AME
Ana Beatriz foi sepultada na sexta (07), enterro foi acompanhado por centenas de pessoas - Foto: cortesia

O homem acusado de estuprar e matar por estrangulamento a menina Ana Beatriz Rodrigues, 6, na última quarta-feira (05) pode ter cometido outros estupros na região. A informação foi confirmada pela presidente da AME, associação que atende mulheres vítimas de violência, a advogada Júlia Nunes. Segundo ela, uma moradora de Maravilha confirmou ter sido estuprada pelo mesmo homem que matou a criança, mas há também outras vítimas de estupro.

“Essa mulher chegou a ser dada como morta. Foi encontrada dias depois e estava tão machucada que pensaram que tinha morrido. Ela precisou ter o cabelo raspado por conta dos ferimentos e perdeu o movimento de um dos braços. Depois que ele foi preso, ela tomou coragem e afirmou que foi ele, e testemunhas confirmam essa informação. Tem outras duas mulheres, que também foram estupradas da mesma forma que estamos ainda tentando convencer a que prestem depoimento informando se ele foi também o responsável pela violência que sofreram”, afirmou a advogada.

De acordo com ela, é comum que as vítimas de violência sexual tenham medo de denunciar seus agressores, mas se isso tivesse acontecido em Maravilha, era possível que a menina Bia, como era mais conhecida, tivesse sido poupada. A AME, que está acompanhando o caso, emitiu uma nota de repúdio informando que quem publicar ou compartilhar imagens da menina Ana Beatriz morta será acionado judicialmente.

O corpo de Ana Beatriz foi sepultado na sexta-feira (07), em clima de forte comoção no município de Maravilha. A menina foi estuprada, morta por estrangulamento, e teve o corpo colocado dentro de um saco de lixo, que foi encontrado por policiais militares no telhado da residência do suspeito, que não teve o nome revelado. 

Segundo informações, o acusado tinha o costume de dar dinheiro para a criança comprar doces e desapareceu após ir até a residência onde ele morava. O crime causou revolta no município e a polícia precisou até mesmo usar munição não-letal para tentar dispersar os populares que tentavam agredir o acusado no momento da prisão dele.