Em Maravilha, acusado da morte de Beatriz cometeu outros estupros, segundo AME
Júlia Nunes, presidente da AME, afirma que há confirmação de pelo menos mais uma vítima do mesmo homem
O homem acusado de estuprar e matar por estrangulamento a menina Ana Beatriz Rodrigues, 6, na última quarta-feira (05) pode ter cometido outros estupros na região. A informação foi confirmada pela presidente da AME, associação que atende mulheres vítimas de violência, a advogada Júlia Nunes. Segundo ela, uma moradora de Maravilha confirmou ter sido estuprada pelo mesmo homem que matou a criança, mas há também outras vítimas de estupro.
“Essa mulher chegou a ser dada como morta. Foi encontrada dias depois e estava tão machucada que pensaram que tinha morrido. Ela precisou ter o cabelo raspado por conta dos ferimentos e perdeu o movimento de um dos braços. Depois que ele foi preso, ela tomou coragem e afirmou que foi ele, e testemunhas confirmam essa informação. Tem outras duas mulheres, que também foram estupradas da mesma forma que estamos ainda tentando convencer a que prestem depoimento informando se ele foi também o responsável pela violência que sofreram”, afirmou a advogada.
De acordo com ela, é comum que as vítimas de violência sexual tenham medo de denunciar seus agressores, mas se isso tivesse acontecido em Maravilha, era possível que a menina Bia, como era mais conhecida, tivesse sido poupada. A AME, que está acompanhando o caso, emitiu uma nota de repúdio informando que quem publicar ou compartilhar imagens da menina Ana Beatriz morta será acionado judicialmente.
O corpo de Ana Beatriz foi sepultado na sexta-feira (07), em clima de forte comoção no município de Maravilha. A menina foi estuprada, morta por estrangulamento, e teve o corpo colocado dentro de um saco de lixo, que foi encontrado por policiais militares no telhado da residência do suspeito, que não teve o nome revelado.
Segundo informações, o acusado tinha o costume de dar dinheiro para a criança comprar doces e desapareceu após ir até a residência onde ele morava. O crime causou revolta no município e a polícia precisou até mesmo usar munição não-letal para tentar dispersar os populares que tentavam agredir o acusado no momento da prisão dele.