A rapper Karol Conká falou sobre sua saúde mental, quase seis meses após sua eliminação no BBB 21, e contou que não conseguiu superar completamente os traumas vividos pela sua passagem no programa.

Eliminada do reality com rejeição recorde de mais de 99%, Karol desabafa: "Minha batalha é para não cair numa depressão. Faço acompanhamento para isso, Tem várias coisas que pegam para mim, desde o trauma de se expor, se reconhecer ali naquelas atitudes ruins, a me sentir vendida. Me sinto uma coisa, como se fosse um negócio, que as pessoas jogam para lá e pra cá e tiram suas próprias conclusões", disse, em entrevista ao podcast de Whindersson Nunes.

A rapper ainda contou que costuma ser cobrada para ser mais ativa nas redes sociais e questiona: "Por que eu vou fazer isso? Eu não estou bem, não estou legal. É claro que eu consigo dar risada de algumas coisas. Mas se fosse em outra situação essa entrevista, a gente estaria rindo muito mais". Conká ainda disse que ainda enfrenta a desconfiança de diversas pessoas, mesmo assumindo seus erros do programa e dizer que estava tentando mudar.

"É muito ruim quando a gente transfere as nossas angústias para outras pessoas. Eu fiz isso e sei que não é bom. Então, não vai trazer nada de bom para essas pessoas transferir a angústia delas para cima de mim, que estou tentando ser uma pessoa melhor, que estou fazendo exatamente o que me pediram para fazer. Ouvia: "vai se tratar, vai ser uma pessoa melhor". Aí estou nesse processo e continuam: "Tá fingindo. Olha lá, está atuando. Não chorou na saída do reality, está chorando agora por quê?".

Whindersson afirmou que foi uma das diversas pessoas que reprovou suas atitudes no BBB e que parou de segui-la ao ser acusada de xenofobia, mas que repensou sobre a situação ao ver que as ofensas à ela havia passado do limite: "Comecei a pensar, se é real a história de fé, de energia, se for verdade isso. Se depender de tudo isso que estou lendo, a pessoa vai sair de lá com um outro braço na barriga. Não vou participar dessa parada", explicou ele.