Delação que acusa ministro alagoano pode ser confirmada na próxima semana
Dois ministros do Superior Tribunal de Justiça (STJ), podem ser os primeiros a serem delatados por um dos sócios da OAS que tenta a delação premiada dentro do processo da Lava Jato.
Um dos suspeitos, conforme matéria publicada pelo jornal Folha de S. Paulo, é o alagoano Humberto Eustáquio Soares Martins, ex- subprocurador-geral do Estado de Alagoas e ex-presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), seccional de Alagoas entre os anos de 1998 a 2002..
As negociações para a delação têm sido feita por advogados de Léo Pinheiro, o homem ‘forte’ da OAS.
Além de Humberto, o empreiteiro teria informações comprometedoras contra o também ministro do Supremo, o carioca Benedito Gonçalves.
Mas é contra o alagoano que as acusações seriam mais comprometedoras. Humberto teria recebido dinheiro para ‘facilitar’ processos contra o OAS na Corte Superior da Justiça. Léo Pinheiro estaria disposto a detalhar como foram pagos os valores que teriam sido entregues ao advogado Eduardo Filipe, filho do ministro Humberto Martins. O advogado atuava na defesa da empreiteira.
E os executivos teriam dito que o dinheiro da OAS teria sido repassado alagoano Humberto Martins por meio de seu filho, Eduardo Filipe. Advogado com escritório em Brasília e atuante junto ao STJ, o filho do ministro também teria se beneficiado dos repasses. O empresário também propõe acordo de delação ao Ministério Público Federal (MPF).
Humberto Martins, hoje vice-presidente do STJ, tem evitado a imprensa e através de sua assessoria encaminhou uma nota as redações alegando que nunca teve relações pessoal ou profissional com funcionários da empreiteira.
Já o filho, em outra nota, informou que “nunca advogou para a OAS nem mantém relacionamento pessoal com funcionários da empresa”.
O acordo para que Léo Pinheiro fale aos procuradores da Lava Jato deve ser finalizado na próxima semana.