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Dona Nadi Marisqueira é exemplo de mulher guerreira em Maragogi

Ela vive cavando marisco desde os sete anos de idade em São Bento

Por Maurício Silva 07/03/2023 14h02
Dona Nadi Marisqueira é exemplo de mulher guerreira em Maragogi
Dona Nadi é uma das marisqueiras mais famosas de Maragogi - Foto: Isac Silva/7Segundos

Ela simboliza uma parcela importante da sociedade maragogiense: as marisqueiras. A história de vida de Nadi dos Santos, de 72 anos de idade, serviu de inspiração para o 7Segundos iniciar a série de reportagens especiais sobre a Semana da Mulher com personagens que se destacam na Região Norte de Alagoas.

Dona Nadi cava marisco na linda Praia de São Bento desde os sete anos de vida e é um exemplo de mulher guerreira no município de Maragogi. Mesmo aposentada, ela não deixa a rotina de cavar o alimento que é uma das riquezas gastronômicas da Capital da Costa dos Corais.

O marisco sempre foi importante na renda familiar. Foto: Isac Silva


A marisqueira, que é figura carimbada na Praia de São Bento, sai logo cedinho de casa para cavar marisco para o sustento da casa onde vive com filhos e netos. ‘Nazidi’, como ela também é conhecida’, é um exemplo de coragem e garra no histórico povoado. Depois que o marido morreu há mais de dez anos, a responsabilidade aumentou ainda mais.

Nadi dos Santos se orgulha de ser marisqueira. “Cavo marisco desde os sete anos de idade, trabalhei um tempo no Recife, mas depois voltei a cavar marisco novamente e até hoje. Eu morava num sítio, mas depois me mudei para aqui em São Bento e já faz 50 anos”, contou.

Ela ressaltou que a renda do marisco é fundamental para o sustento do lar. “Eu trabalho de todo jeito: sou também aposentada, mas não é o suficiente e me viro no marisco. Nessa época a renda do marisco não está boa, eles estão muito pequenos, então a gente sai catando e escolhendo. Mas depois da Semana Santa é um período bom que têm muitos”, disse ela que vende o quilo do produto por R$ 40,00.

A rotina de marisqueira de Dona Nadi não sabe da cabeça. “É pela maré: saio de 5h da manhã, vou cavar, quando chegar boto no fogo, tiro e depois lavar, embalar e botar pra vender. As mulheres façam o mesmo que faço: tenham coragem”, concluiu.

O marisco é fundamental para o sustento financeiro da família. Foto: Isac Silva

Com apuração de Isac Silva*