Após descontos de salários, sindicalista ameaça processar o prefeito

A manhã desta segunda-feira (03) começou bastante agitada no que se refere a greve dos servidores da educação em Arapiraca, região Agreste de Alagoas. Isto porque o salário referente ao mês de junho caiu na conta no último sábado (01) e as faltas dos funcionários foram descontadas.
Em entrevista às rádios locais, o presidente do Sinteal em Arapiraca informou que “não é punindo o servidor que vamos acabar com essa greve”. O sindicalista não concorda com a decisão do prefeito Rogério Teófilo, disse que a greve é legal e vai entrar com um processo de danos morais contra o gestor público.
Em um outro momento, André falou que quer a devolução imediata dos descontos e que caso o valor não seja devolvido, eles não farão a reposição das faltas ocasionadas pela greve. A assessoria de comunicação da prefeitura disse que o valor pode, sim, ser restituído, mas só quando os professores retornaram aos seus postos de trabalho e negociar a reposição das aulas
Já o secretário de Planejamento, Orçamento e Gestão, Antônio Lenine, também em entrevista na manhã desta segunda (03), disse que é importante que os grevistas baixem as armas e utilizem o bom senso, afinal, são mais de 30 mil alunos fora das salas de aula.
Nesta terça-feira (04), vai haver uma grande assembleia na Escola Hugo Lima, com o comando da greve e os advogados dos professores, já que ainda nesta segunda (03) eles devem entrar com uma ação indenizatória conjunta contra o prefeito Rogério Teófilo.
Desconto das faltas
No dia 28 de junho o 7 Segundos divulgou que um parecer da Procuradoria Geral do Município de Arapiraca fornece respaldo jurídico para o corte dos salários dos trabalhadores da educação que continuam em greve – a qual teve início no dia 9 de maio.
Segundo o parecer, o corte respeitou o percentual de até 70% em cima dos dias parados. O saldo restante respeita o princípio da dignidade da pessoa humana, ou seja, garante a preservação do mínimo existencial. O resto do desconto será realizado em parcelas mensais, caso não haja o acordo de compensação. A possibilidade de corte dos salários já havia sido comunicada às lideranças sindicais da educação, nos diversos encontros mantidos com a administração pública.
STF
Em outubro de 2016, o Supremo Tribunal Federal decidiu, por seis votos a quatro, que os servidores públicos que entrarem em greve podem ter o salário imediatamente cortado, como já acontece na iniciativa privada.
O STF mandou cortar o ponto do servidor público desde o primeiro dia de greve. Essa decisão significa que o estado só pode pagar pelo serviço prestado. A regra deve ser aplicada pelos juízes de todo o país, exceto uma situação: não vai poder ter desconto nos casos em que a paralisação for motivada por quebra de acordo de trabalho, como o atraso no pagamento de salários. O que não é o caso de Arapiraca.
Veja também
Últimas notícias

Bebê engasga durante a madrugada e é salva por policiais militares em Arapiraca

Câmeras de segurança registram pai matando babá dos filhos; ele alega legítima defesa

Grávida é agredida, ameaçada com canivete e usa capacete para se proteger em Arapiraca

Presidente da AMA prestigia posse dos novos secretários

Moradores relatam apagão em várias regiões do país
![[Vídeo] Confronto entre torcidas organizadas marca o pós-jogo entre CRB e Ferroviário em Maceió](https://img.7segundos.com.br/Q8UQ7gDb9nPUOdfxcALKhUzhAkg=/100x80/smart/s3.7segundos.com.br/uploads/imagens/6c44c59d-0b71-45a2-9341-e0b52da11b0c.jpg)
[Vídeo] Confronto entre torcidas organizadas marca o pós-jogo entre CRB e Ferroviário em Maceió
Vídeos e noticias mais lidas

Guilherme Lopes dispara contra Beltrão: 'Penedo não deve nada a você'

Empresário arapiraquense líder de esquema bilionário perseguia juízes e autoridades, diz ex-mulher

Quem era 'Papudo': líder de facção de altíssima periculosidade morto confronto em Arapiraca

Policiais militares são presos por extorsão na parte alta de Maceió
