Pacientes denunciam suspensão de cirurgias ortopédicas pelo SUS no Hospital Chama
Hospital diz que estavam em recesso
Pacientes que estão internados na ortopedia do Hospital Chama em Arapiraca realizaram várias denúncias, na manhã desta quinta-feira (9), sobre a suspensão de cirurgias pelo Sistema Único de Saúde (SUS) na unidade. O Hospital fica localizado na rodovia AL-220, em Arapiraca, no agreste de Alagoas, e disse ao 7 Segundos que após um recesso, as cirurgias voltaram a acontecer na última segunda-feira (6).
De acordo com os denunciantes, vários pacientes, incluindo idosos, aguardam internados há dias por cirurgias. Dizem ainda que todos os dias pedem para que os pacientes fiquem em jejum, e depois avisam que o procedimento não será realizado, e na manhã desta quinta-feira (9) informaram aos pacientes que aconteceu uma reunião entre os médicos, e as cirurgias foram suspensas por falta de pagamento. Os pacientes reclamam também dos desencontros, e falta, de informações.
Por medo de que a cirurgia não seja realizada, os pacientes não quiseram se identificar, mas informaram sobre o descaso. “Estou aqui há 15 dias, com fratura no fêmur, tenho 41 anos, e todo dia fico com fome, em jejum e não fazem a cirurgia”, disse um paciente.
“Estou aqui com meu familiar e essa cirurgia não sai, agora vieram dizer que não vai fazer por falta de pagamento, isso é um absurdo, e vai ficar assim”, disse o acompanhante.
A maior parte dos pacientes do SUS que necessitam de cirurgias ortopédicas no Chama, são provenientes da Unidade de Emergência do Agreste.
A reportagem do 7 Segundos entrou em contato com o Hospital Chama e conseguiu falar com uma pessoa que se identificou como Cristiane da área administrativa da ortopedia. Ela informou que “isso não estava acontecendo, que o Hospital estava fazendo de tudo para atender os pacientes do Hospital de Emergência, mas que, como em todo lugar, existe um recesso, de médicos e profissionais de saúde, e que as cirurgias voltaram a acontecer na última segunda-feira (6), após o recesso”.
Perguntada sobre as denúncias, Cristiane informou que ia ver o que estava acontecendo com o corpo clínico, mas já adiantou que “as cirurgias estão sendo feitas normalmente”.
A representante não precisou uma data de resposta concreta para a reportagem, e como a unidade não possui assessoria de imprensa, é sempre muito difícil conseguir informações e respostas do Hospital Chama.