Tragédia envolvendo major da PM põe em xeque decisão sobre Centro de Gerenciamento de Crises
Pedro Silva estava preso na Academia de Polícia Militar, de onde conseguiu fugir e matou o filho e o e-cunhado

O assassinato brutal de Pierre Victor Pereira Silva, de 10 anos, e do sargento aposentado Altamir Moura Galvão de Lima, de 61 anos, no último sábado (7), em Maceió, voltou a expor uma ferida aberta na segurança pública de Alagoas: a retirada do Centro de Gerenciamento de Crises da Polícia Militar das negociações em ocorrências com reféns.
O autor do crime, o major da PM Pedro da Silva, estava custodiado na Academia da Polícia Militar, acusado de violência doméstica. Mesmo preso, conseguiu fugir por uma porta lateral, rendeu um motorista, invadiu a casa da ex-esposa no bairro do Prado e fez cinco pessoas reféns. No ataque, assassinou o filho e o ex-cunhado, e acabou morto em confronto com o Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope).
Uma fonte da Polícia Militar ouvida pelo 7Segundos confirmou que o Centro de Gerenciamento de Crises da PM está, de fato, afastado de situações como a registrada no último sábado. Segundo a fonte, a determinação partiu do próprio comando da PMAL, embora não tenha sabido precisar há quanto tempo exatamente está em vigor — mencionando apenas que já se trata de “meses”.
A unidade, com anos de experiência na mediação de conflitos e proteção de vidas, foi limitada a atuar apenas em reintegrações de posse, desbloqueio de vias e invasões à prédios públicos. Com a nova diretriz, a negociação para a rendição do major não foi feita pelo grupo tradicionalmente responsável por esse tipo de ação — o que, para muitos oficiais, poderia ter sido decisivo para evitar o desfecho trágico.
A Associação dos Oficiais Militares de Alagoas (Assomal) divulgou nota pública lamentando o episódio e cobrando a reavaliação urgente da decisão que tirou o Centro de Crises da linha de frente nas ocorrências com reféns.
“O retorno da participação do Centro de Gerenciamento de Crises em ocorrências que envolvam negociação merece ser considerado. Atitudes estratégicas precisam ser adotadas para superação”, afirmou a entidade.
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