Alagoas

Implantação de gasoduto em Arapiraca danifica rede de abastecimento de água

Problema foi revelado por representante da Casal

Por Fernando Vinícius/7 Segundos 03/10/2017 17h05
Implantação de gasoduto em Arapiraca danifica rede de abastecimento de água
Instalação de gasoduto danifica rede de água em Arapiraca - Foto: Josival Meneses/7 Segundos

A população de Arapiraca e dos demais nove municípios que dependem do abastecimento feito pela Companhia de Saneamento de Alagoas (Casal), a partir da estrutura de captação instalada no Morro do Gaia – município de São Brás, banhado pelo Rio São Francisco – tem conhecimento dos problemas técnicos que afetam o sistema coletivo do Agreste.

Quando não é um defeito na bomba, a falta de água pode ser resultado das quedas no fornecimento de energia. Além disso, a escassez de água no Rio São Francisco já é visível e assustadora. Outro motivo são os necessários serviços de manutenção na rede que agora passou a ser danificada pela instalação do gasoduto na área urbana da capital do Agreste alagoano.

A revelação sobre o mais recente razão sobre a falta do precioso líquido nas casas dos arapiraquenses foi revelado ao repórter Cláudio Barbosa (Rádio Novo Nordeste/Portal 7 Segundos) por Marcos Antônio Costa, supervisor de operação da Casal Agreste.

“A empresa já danificou três vezes a nossa tubulação e isso causa um transtorno e prejuízo enormes porque precisamos paralisar todo o sistema”, informou Marcos Costa durante entrevista cujo áudio consta logo abaixo do texto desta notícia.

Ainda segundo Marcos Costa, além dos danos já provocados – motivo da falta de água que atinge bairros da parte alta de Arapiraca desde a semana passada –, a instalação do gasoduto em determinado trecho da margem da rodovia AL-220 deixa as duas tubulações muitos próximas.

Por conta disso, cerca de 500 metros da rede de água deverão ser recolocados para evitar problemas futuros, conforme explicou o representante da Casal nesta terça-feira (03).

Para completar, Marcos Costa antecipou uma nova ordem de redução de vazão no rio São Francisco. A Chesf pretende operar com cerca de 300 metros cúbicos por segundo, o que significa que o nível do rio vai ser mais reduzido.

“Isso pode causar um colapso em nosso sistema de abastecimento, já temos problemas na estação de captação em Traipu e que também já atinge São Brás. As bombas estão puxando praticamente areia junto com a água”, disse o supervisor de operações da Casal Agreste sobre a situação que causa a quebra de equipamentos e exige mais custos para tratamento da água.

Uma solução imediata é a dragagem do rio nas imediações das estações que captam água do Velho Chico e a compra de novos equipamentos, conforme informou Marcos Costa.

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