Caminhões com CoronaVac saem da capital de SP para interior
Veículos têm como destino 25 polos regionais que realizarão a redistribuição aos municípios. Policiais fazem a escolta
Caminhões são carregados para deixar o Centro de Distribuição Logistica de São Paulo para abastecer cidades do interior nesta terça-feira (19). Os veículos têm como destino 25 polos regionais que realizarão a redistribuição aos municípios. Na segunda-feira (18), cinco caminhões abastecidos com doses da CoronaVac e insumos saíram para Campinas, Marília, São José do Rio Preto, Rio Preto e Botucatu.
Policiais militares fazem a escolta dos carregamentos. Neste primeiro momento, São Paulo tem direito a 1,4 milhão de imunizantes. Na sexta-feira (11), antes da aprovação do uso emergencial da CoronaVac, o secretário executivo estadual de saúde, Eduardo Ribeiro, apresentou o plano de logística para a distribuição do imunizante em São Paulo.
De acordo com ele, serão distribuídas dois milhões de doses por semana com caminhões refrigerados que percorrerão 70 rotas semanalmente. "A vacina partirá da central logística do instituto aos 200 municípios mais populosos com entregas semanais e abastecendo 25 centros de distribuição regional onde 445 municípios farão retiradas semanais", afirmou. As Prefeituras, informou o governo, deverão garantir abastecimento nos postos de vacinação.
O imunizante será distribuido nos 5.200 postos de vacinação, que poderão chegar a 10 mil locais - com a utilização de escolas, quarteis da PMs. Serão 75 mil pessoas envolvidas, com 25 mil policiais para fazer a escolta e 52 mil profissionais da saúde para organização das salas de vacinação, aplicação da vacina, preenchimento de fichas, entre outras atividades.
Os postos de saúde estarão abertos das 8h às 22h de segunda a sexta-feira e das 8h às 18h aos sábados, domingos e feriados. "Os municípios ampliaram o horário de funcionamento da rede para que se permita um maior escalonamento ao longo do dia, priorizando a população idosa no início do dia e a população mais jovem mais para o final do dia", disse o secretário. "Muitos trabalhadores de saúde acabam se imunizando no próprio local de trabalho."
A distribuição terá apoio da Força Tática, Rocam, guarda montada no próprio Instituto Butantan e contará com a articulação de comandos regionais com guardas municipais. Serão 5.200 câmaras de refrigeração.
O governo de São Paulo tem 75 milhões de seringas e agulhas disponíveis. Desse total, 20 milhões foram distribuídas para a rede pública de saúde e, segundo o governo, novos quantitativos serão enviados proporcionalmente aos municípios com base nas grades semanais de vacinas.
Início da vacinação
A campanha começou no domingo (17), após a aprovação do uso da vacina do Butantan pela Anvisa. Foram vacinadas 112 pessoas, incluindo as duas primeiras brasileira a serem vacinada no país: a enfermeira Mônica Calazans, da UTI do Instituto de Infectologia Emílio Ribas; representando tanto os profissionais de saúde quanto a população indígena, a técnica de enfermagem e assistente social, Vanuzia Santos, do povo Kaimbé, foi a primeira indígena a ser vacinada no Brasil.
"Estamos distribuindo as grades de vacinas e insumos com muita agilidade graças ao planejamento e à mobilização das equipes. Há cerca de três meses temos nos dedicado a organizar esta campanha, que agora começa com a priorização dos nossos heróis da saúde”, disse Jean Gorinchteyn, o secretário de estado da Saúde.
A campanha de imunização contra a covid-19 em São Paulo será desenvolvida segundo a disponibilidade das remessas do órgão federal. À medida que o Ministério da Saúde viabilizar mais doses, as novas etapas do cronograma e públicos-alvo da campanha de vacinação contra a covid-19 serão divulgadas pelo Governo de São Paulo.