Perícia afirma que policial militar estuprou jovem antes de matá-la
Exame realizados em outras seis vítimas descobrem novo estuprador

O Laboratório de Genética Forense da Perícia Oficial do Estado de Alagoas concluiu nesta terça-feira (07), os exames de DNA, em materiais biológicos de 11 vítimas de estupro, cujas suspeitas caiam sobre o policial militar Josevildo Valentim dos Santos Júnior. O confronto genético foi realizado para a identificação de vestígio biológico de crime sexual.
A chefe do laboratório, Rosana Coutinho, bióloga e Doutora em Biotecnologia em Saúde que foi responsável pelos exames, explicou que a unidade recebeu 12 solicitações de exames. Desse total, apenas um não foi realizado porque a vítima não compareceu ao IML no dia do crime para realizar a coleta do material genético.
Para a realização dos exames foram enviados ao laboratório swabs coletados das mucosas vaginais e anais das vítimas, durante o exame de lesão corporal no IML. Esses materiais foram confrontados com material biológico da mucosa oral do suspeito Josevildo, que autorizou a coleta por meio de um "Termo de Consentimento Livre e Esclarecido" – TCLE.
Um dos laudos dos exames periciais foi referente ao caso da estudante Maria Aparecida Pereira, de 18 anos, que levou a prisão do PM Josevildo, como suspeito de estuprar e matar a jovem no bairro Pontal da Barra. O exame encontrou material masculino nas amostras de material biológico da vítima.
“Ao realizar o estudo dos polimorfismos do DNA nuclear, este permitiu determinar o perfil genético das amostras questionadas coletadas da vítima e com a amplificação de alelos do cromossomo Y (somente presente em material biológico masculino) constatou-se a coincidência com alelos verificados nos mesmos marcadores do perfil genético do suspeito Josevildo”, explicou a perita criminal.
Mas, o que mais chamou a atenção da Chefe do Laboratório foi o exame realizado em outras 6 vítimas (2 no bairro da Garça Torta, 2 no bairro de Ipioca e outras 2 de Rio Largo) que em todos esses casos, foi encontrado material masculino coincidente entre as vítimas, porém divergente do perfil genético de Josevildo Valentim.
“Em todos esses seis casos identifiquei um perfil genético masculino idêntico, que no entanto não coincide com o perfil genético de Josevildo Valentim. Os resultados desses exames apontam que todos esses crimes foram cometidos pelo mesmo homem e essa informação será de extrema importância para o prosseguimento das investigações”, afirmou a chefe do laboratório.
Os demais casos examinados e que tiveram como vítimas, 1 mulher em Rio Largo, outra no município de Pilar, e outras 2 no bairro Forene em Maceió, devido o material biológico estar degradado, o resultado dos exames foi inconclusivo. Todos os laudos foram encaminhados para as delegacias que solicitaram os exames.
Todas as amostras do DNA extraído encontram-se arquivadas no Laboratório de Genética para contra perícia, conforme prevê o Código de Processo Penal (CPP). O mesmo material também poderá ser utilizado para novos exames de confronto genético envolvendo o PM, ou outros suspeitos de terem cometidos os 6 estupros, que continuam sendo investigados pela polícia judiciaria.
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